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Desde abril que algumas farmácias e drogarias da cidade de Barroso e drogarias da Zona da Mata e Campo das Vertentes enfrentam escassez da hidroxicloroquina e cloroquina. De cinco três consultadas, nenhuma tinha o medicamento nesta terça-feira (21).

A falta do medicamento coloca em risco o tratamento contínuo de pacientes com doenças reumáticas, como lúpus e artrite reumatóide. Em março, a reportagem do Barroso EM DIA chamou a atenção para a falta de medicamento na cidade. Relembre aqui! 

Segundo especialistas, a relação da cloroquina com o coronavírus impactou diretamente os pacientes reumatológicos, que precisam fazer uso contínuo e que são portadores de doenças contra as quais a substância tem eficácia comprovada de tratamento. O mais agravante é o depoimento de fontes que comprovam que muitas pessoas estão comprando o remédio para estocar em casa, tirando assim, a possibilidade de que realmente precisa do medicamento, de poder comprar.

De acordo com matéria do G1, onde consta levantamento regional, a situação é de conhecimento da Sociedade Mineira de Reumatologia, como explicou a médica e presidente da entidade, Viviane Angelina de Souza. “Desde o início da pandemia de Covid-19 no Brasil ocorreu uma busca intensa para compra do medicamento – que não tem eficácia científica comprovada contra o novo coronavírus,” explicou.

Levantamento

No levantamento exclusivo feito pelo G1 durante oito dias, a reportagem ligou para 50 farmácias em busca do sulfato de hidroxicloroquina de 400 mg, nas versões Reuquinol, do laboratório Aspen, Plaquinol, do laboratório Sanofi e a versão genérica do medicamento, produzida pela EMS.

Em Juiz de Fora, das 18 principais farmácias e redes de drogaria, o Reuquinol foi encontrado em três, e o Plaquinol, em apenas uma.

Os preços variavam entre R$ 71 e R$ 99. Em alguns estabelecimentos, só havia uma caixa do remédio. Funcionários relataram que não recebiam a medicação há mais de um mês e que tentavam contato com o Centro de Distribuição para comprar mais lotes, mas não havia resposta ou previsão de receber a hidroxicloroquina.

Em Muriaé e São João del Rei, em nenhuma das 16 farmácias consultadas foi encontrada a hidroxicloroquina.

Farmacêuticos e gerentes dos estabelecimentos, que não quiseram ser identificados, contaram ao G1 que foram informados pelos representantes de laboratórios que a venda da medicação foi destinada aos hospitais.

Em Viçosa e Barbacena, nas 16 drogarias consultadas, o medicamento foi encontrado em apenas uma farmácia de cada cidade.

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