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Há três mil anos, muitas pessoas, a grande maioria, realizam o ato de bater uma mão na outra em sinal de aprovação. A atitude, que tem origem desconhecida, provoca um som que muitos chamam de palmas. A princípio, segundo estudiosos, era um gesto essencialmente religioso, popularizado em rituais pagãos de diversos povos como um barulho destinado a chamar a atenção dos deuses. Milhares de anos depois, poderíamos concluir que se trata de uma reverência, de um sinal positivo, de uma aprovação: Sim, gostamos. O grande problema, pelo menos no nosso interior, é que anos depois, muitos ainda são relutantes ao tal ato. Na nossa Barroso, por exemplo, aplaudir, é quase um sacrifício. “O povo de Barroso não aplaude”, a frase, forte e direta é do saudoso Padre Fábio José Damasceno, que acreditava que a população barrosense tem dificuldades de aplaudir. É forte, mas é fato!

E a verdade, nua e crua, é que se pararmos para analisar, seja em eventos religiosos, culturais, esportivos, é notório um temor pelas palmas entre os barrosenses. Porquê? Não sabemos, apenas constatamos no dia a dia, ao longo destes tantos anos de cobertura jornalística, a dificuldade de enxergar a capacidade alheia. Não podemos dizer que são todos, que é a maioria, que se refere à cidade, não temos dados e números sobre a afirmação, mas que o ato é infrequente, em muitas ações de barrosenses, é uma verdade que temos que engolir a seco, sem aplausos.

por Bruno Ferreira

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