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Se existia alguma dúvida, não há mais: nós, meros seres humanos, não fomos feitos para viver individualmente. O nosso disco da vida tem que tocar a faixa “coletividade”, se possível, no modo repetitivo, do inglês repeat. E olha que não precisamos nem de 90 dias para comprovar isso. Pouco menos e já aprendemos que nascemos, em especial nós brasileiros, para tocar, encostar, apertar, apalpar e abraçar. Abraçar! Isso, abraçar, em forma de c, com os braços e o coração aberto. Forte, instintivo, natural, genuíno, grande, seja qual for a modalidade do abraço, definitivamente não dá para viver sem. Esta é a comprovação que a humanidade aguardava.

Também te bateu aquela saudade? Aquela da mesa de casa, do almoço, do escritório ou de bar mesmo, aquela procedida de um gole, um olhar e um efusivo abraço sobre a melodia do “gosto de você pra caralho”? Te bateu? Bateu aí? Aquele de manhã, com cheiro do amor de ontem, que sobra sussurro no ouvido? Aquele depois da escola, com cheiro de bagunça no recreio? Aquele da igreja, de paz, de fé, de cristo? De consolo? De vitória? De derrota? Seja qual for a sua saudade, que saudade dos braços em torno do corpo, como forma de abraço.

É como se tivessem tirado do soldado uma das suas armas durante a guerra. Vá e lute! Mas sem o escudo, sem a sua principal arma. O abraço nos foi tirado quando mais precisávamos dele, agora, em meio caos da luta contra o invisível! Me desculpem as organizações, as siglas, mas esse negócio de mantenha a distância, nos enfraquece mais, nos deixa mais vulneráveis. Estamos na guerra, mas estamos sem a maior arma, nosso abraço, tão fraterno, tão poderoso e vital. Isso é um fato, mas…

Mas, e sempre tem um mas, o mundo e a vida são regidos de normas, leis e orientações. Portanto, mesmo frágeis, fracos, desarmados, teremos que guerrear sem braços, abraços, distantes, mascarados, em casa, longes e por fim, como só o que resta, esperançosos, sem abraços.

Não é um jogo. É a vida. Não dá pra burlar, não cabe aquele jeitinho. Não sejamos inconsequentes como líderes por acaso, nem maldosos e cegos como eles, sigamos o trilho, da ordem, da norma, da educação, tão distante desde sempre. Faremos o seguinte: guardaremos a maior das armas para o final, para o desfecho, para a vitória, para a glória, no cume, que será no bar, na casa, no escritório, na rua, ou em qualquer outro lugar onde se desejar triunfar. E mesmo sem data, sem previsão, não tenho dúvida, virá. Vai passar!

E lá, no alto desejado e esperado, iremos, enfim, conjugar o abraçar. Forte! Muito forte! Na hora certa, vamos eliminar qualquer mal, qualquer ódio, qualquer vírus que queira nos separar. Qualquer um: seja o que está no ar, seja o que está na terra! É só aguardar… a vitória virá, VAI PASSAR!

por Bruno Ferreira

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