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Em um trabalho realizado pelo historiador Wellington Tibério, sobre as famílias de imigrantes italianos em Barroso, que inclusive virou matéria do Barroso EM DIA (clique aqui e relembre), um depoimento de Geraldo Sutana chama atenção para uma curiosidade na cidade na década de 40.

De acordo com o relato de Geraldo, filho de dona Otalina e Pedro Sutana, que hoje está com 86 anos, colhido pelo estudante de história barrosense Eustáquio Silva, o primeiro avião que pousou em Barroso foi um teco-teco de dois lugares. A aeronave pertencia aos irmãos Daldegan, descendentes de italianos que moravam em São João del Rei.

Em detalhes, ele conta que o pai os carregou até a parte de cima da cidade, Buraco do Lobisomem, onde o avião estava programado para pousar. “…isso eu falo porque o nóis foi lá, o pai custou carregar nóis até chegar…”, trecho do depoimento feito e registrado em áudio por Eustáquio. (segue abaixo).

E mais, segundo Geraldo, desde que foi anunciado o pouso, dias antes, Dona Naná, mãe do Lelei, e o Patafu, roçaram toda a área. “… limpou direitinho lá, e desciam perto da casa do Zé Meneghin (Rua Joaquim Meireles)…”, e a descida, ainda de acordo com Sutana, já era estratégica, pois precisava de embalo, morro abaixo, para decolar novamente.

“… então quando os dois desceu foi um festão danado para Barroso aquele dia  nossa…”, conta em detalhes e relembrando a festa em que se transformou o município, que ainda estava longe de se emancipar.

E assim, foi festa na cidade no dia do primeiro, e talvez, único pouso de um avião em Barroso ao longo de toda a história. “… depois ainda viraram ele na mão, porque era levinho…”, conta Geraldo sobre aquele momento, minutos antes da partida e decolagem, que até hoje está vivo em sua memória.

Por fim, Geraldo não sabe precisar o ano, mas faz uma referência a Segunda Guerra Mundial, ou seja, o episódio que mobilizou a cidade teria acontecido nos anos 40.

Foto do arquivo municipal cedida pela Prefeitura de Barroso

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