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Lá vem julho, que como diria o outro, vem deslizando no céu, entre brumas de mil megatons. E vem trazendo consigo o frio de sempre e o calor do amor.

Aquele tão ausente nos corações dessa intocável geração das cabeças curvadas. Que haja luvas, cachecóis e tocas suficientes, mas que acima de tudo, não falte amor entre aqueles que ainda curtem os simplórios dias de frio no nosso interior cheio e sedento de esperança e paz, que não é aquela mais. E seja por onde for, praças ou vielas, que seja repleto de amor, sem medo das armadilhas e rancor.

Que seja aquele bom e velho julho!

E vamos sorrir, mesmo que em meio as lágrimas de outrora e entre os resquícios das mortes daquele ontem de desconfiança e deste tal agora. Vamos sorrir, mesmo com dor, vamos sorrir, vamos viver, viver, este hoje que se manifesta como ou apenas sobre-viver.

Que ecoe pelos ares! Que violas, vilões e violões soltem o som do inesperado prazer de trazer paz entre os acordes. Por lá, mi, sem ou com dó, por onde for, seja por nós, com nós, entre nós, em meio ao povo e a lembrança daquele tempo que será contado, não remotamente, mas entre as histórias da vida real. E que os pés descolem do chão, para enfim, leves, pra vida, pra toda a vida até o fim de julho, que mal chegou e já deixou saudade.

Amemos julho… amemos muito julho, cheio de frio e fervor.

por Bruno Ferreira

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