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Pelo menos 2 mil restos mortais sem identificação estão no Instituto Médico-Legal Dr. André Roquete (IMLAR) , no bairro Gameleira, em Belo Horizonte. São corpos, segmentos corpóreos, amostras de sangue, ossadas e arcadas dentárias armazenados na única unidade do Estado que faz as perícias especializadas. Muitos destes materiais estão armazenados há dez anos.

Localizar as famílias que precisam fazer exames para comprovar o parentesco com a vítima e correlacionar os resultados com os desconhecidos é o maior desafio. Porém, a falta de recursos e de profissionais com habilidades científicas ajudam a explicar os números, que afetam diretamente quem está em busca de um desaparecido.

Em todo o estado, o trabalho de perícia é feito por 256 médicos-legistas. O número é considerado insuficiente para atenter toda a demanda dos 853 municípios mineiros.

Em média, o instituto recebe, por dia, 15 cadáveres e outros materiais para perícia. Um laudo detalhado pode demorar até 3 meses para ficar pronto.

A qualidade da análise e a técnica exigem muito do perito. O profissional deve ser apto a determinar a idade da vítima, diagnosticar lesões corporais ou sexuais, doenças venéreas ou mentais. A análise pericial também identifica sexo, raça, estima a estatura, além de determinar a causa do óbito e há quanto tempo ele ocorreu.

Recentemente, houve um concurso do Estado para contratar médicos-legistas. Cerca de 10 profissionais devem ser chamados nos próximos meses.

 

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