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Foi realizada, nesta quarta-feira (25), a operação “Black Dolphin” em todo país, inclusive o estado de Minas Gerais. A operação foi desencadeada pela Polícia Civil de São Paulo, e teve apoio das Polícias de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Ao todo, foram 219 alvos, sendo 212 em São Paulo, três em Minas, outros três no Rio Grande do Sul e mais um no Rio de Janeiro. A PCMG cumpriu mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, Lavras, e Santos Dumont.

Durante a ação, foram efetuadas três prisões em flagrante. Segundo o delegado Diego Lopes, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), sediada na capital, os suspeitos poderão responder, a princípio, pelos crimes de armazenamento de pornografia infantil (pena de 1 a 3 anos de prisão) e de compartilhamento de materiais dessa natureza (pena é de 3 a 6 anos).

Para o delegado, ainda “existe a possibilidade de figurar outros crimes, como organização criminosa, o que demanda avanço nas investigações”, complementa, ao concluir que novos desdobramentos poderão ocorrer a partir da intervenção de hoje.

Em Santos Dumont

A PCMG cumpriu mandado de busca e apreensão no município de Santos Dumont, e ainda prenderam em flagrante um suspeito, de 39 anos. Junto dele, foram apreendidos diversos materiais com conteúdo de pornografia infantil, entre fotografias, mídias digitais e filmes, além de munições. O homem foi levado à delegacia para prestar esclarecimento e, em seguida, encaminhado a unidade do prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.

Em Belo Horizonte

A equipe da Depca, em Belo Horizonte, cumpriu mandado de busca e apreensão no bairro Itapoã, região da Pampulha, onde foram apreendidos materiais de cunho pedopornográfico. Já a prisão em flagrante do alvo, um homem de 36 anos, ocorreu na Serra, estado do Espírito Santo. Ele, que tem um filho de 13 anos e mora com a mãe, afirmou aos policiais civis ser consumidor desse tipo de conteúdo.

Em Lavras

Na cidade de Lavras, houve o cumprimento de mandado de busca e apreensão, onde foram arrecadadas diversas mídias e hardwares contendo imagens de pornografia infantil, captadas pela internet e produzidas pelo suspeito, de 34 anos. Ele foi preso em flagrante e autuado pelos crimes previstos nos artigos 240 e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – Lei 8.069/90, depois encaminhado ao sistema prisional. A ação contou com seis policiais civis.

Sobre a operação

A “Black Dolphin” é fruto de investigação iniciada em 2018,  e é considerada o braço da operação Luz da Infância, que foi desencadeada a partir do fato de que um suspeito tinha pretensão de “vender” a sobrinha para pessoas envolvidas em trabalhos sexuais na Rússia. A intenção dele era levar a menina à Disney, na Europa, entregá-la aos traficantes sexuais e depois alegar o desaparecimento dela no parque.

Com monitoramento mais amplo, incluindo a “deep web”, a investigação aponta para uma rede de predadores sexuais, principalmente infantojuvenis, que produzem, vendem e compram vídeos de crianças em situações de vulnerabilidade sexual, com indícios de sequestro e tráfico de crianças e de jovens para fins de exploração sexual.

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