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Sete diretores de escolas estaduais de Minas Gerais foram exonerados dos cargos. A Secretaria de Estado de Educação (SEE) alega que eles não cumpriram o preenchimento do Diário Escolar Digital (DED) no prazo estabelecido.

Foram exonerados os diretores de instituíções de ensino em: Belo Horizonte, Betim, Contagem, Montes Claros e São João del Rei. O motivo das exonerações seria o descumprimento da Resolução 4.055/17 de dezembro de 2018.

Ela dispõe sobre a atualização e registro de dados do Sistema Mineiro de Administração Escolar Digital (DED), nas unidades estaduais de educação básica de Minas.
Eles deveriam fazer o encerramento do DED, com registros dos resultados das avaliações relativas ao fechamento do 1º bimestre até 27 de maio, data estabelecida pela secretaria de Educação, após o fim da greve dos professores, em 18 de abril.
Virgílio Alfredo de Araújo era diretor da Escola Estadual Desembargador Rodrigues Campos, em BH, há sete anos.

Ele conta que recebeu a informação da exoneração na sexta-feira (1) e foi pego de surpresa. “Eles estão certos em cobrar, precisa ter um prazo mesmo. Mas o DED não funciona. Tenho muitos amigos diretores que estão com problema até hoje para fechar esse DED. Se fosse assim, tinha que mandar todo mundo embora.”
O diretor explica ainda que uma professora que lecionava na escola faleceu e que outro ficou de licença durante muito tempo, depois aderiu à greve e disse que não teria como cumprir o prazo.
“O que eu acho estranho é que tomei uma advertência por causa disso e fui exonerado. O professor também toma e não é. Nós somos eleitos pela comunidade, mas tem a oposição. Tem pessoas que não gostam da gente na escola e pode aproveitar essa situação.”
Araújo acredita que não foi exonerado apenas pelo descumprimento do prazo de entrega do DED. Segundo ele, a escola seria integrada com uma outra já existente formando uma nova unidade de ensino. “O governo queria um nome novo para esta escola, cancelando os dois CNPJs. Mas eu descobri que tem uma lei de 1999 dizendo que, neste caso, o nome da instituição mais antiga deve ser mantido.”
Para o diretor, essa reivindicação para manter o nome da escola como Desembargador Rodrigues Campos pode ter desagradado o governo.
Alfredo Ananias Avelar ex diretor da Escola Estadual Padre Matias, localizada em BH, alega ainda que o DED apresenta problemas e que, na sexta-feira (1), o sistema não conseguia gerar nenhum relatório para que o professor consiga visualizar seus registros.

Em nota, a SEE informou que a mudança na gestão das escolas ocorreu em virtude de situações relacionadas ao descumprimento do dever e das responsabilidades do gestor.
Via Estado de Minas

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