Para ser um bom professor não basta dominar o conteúdo da lição diária, mas também trabalhar a eficiência do método para ministrar o conhecimento, seja nas salas de aula, nas bibliotecas ou no ensino pelas telinhas, turbinado pela pandemia do novo coronavírus. Este ano tem imposto um grande desafio para os profissionais que dão a vida para ensinar.
As medidas de isolamento social para conter a COVID-19 estamparam a necessidade de novas técnicas de lecionar para as quais não havia preparo na rede pública. Com isso, os mestres tiveram de se reinventar.
O ensino remoto trouxe, além da dificuldade de manter a atenção dos alunos, o aperto da evasão escolar. É o que avalia o professor de filosofia e vice-diretor da Escola Estadual Doutor Paulo Diniz Chagas, no bairro Gameleira, Região Oeste de Belo Horizonte, Douglas Barbosa Veloso, de 33 anos. “O fenômeno que temos visto cada vez mais é o da evasão escolar, e este ano de pandemia potencializa isso. Na escola pública é mais agravante porque lida com realidades mais carentes”, afirma.
Diferenças
Com vivência na rede privada e pública, a professora é capaz de fazer uma comparação entre os dois ensinos. “Se a escola pública tivesse os mesmos recursosl da escola privada seria melhor. Por lá (rede privada) tem aula on-line ao vivo e, mesmo assim, nós gravamos porque entendemos que temos alunos bolsistas, outros que dividem o computador. Agora, o da rede municipal não tem essa gravação de aula. Eles acabam perdendo muito com isso. Não temos esse contato tão forte”, compara.