Conforme o boletim Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), são cerca de 35 mil novos diagnósticos de Covid-19 por dia, como indica a média móvel de sete dias (uma medida que suaviza as oscilações dos registros diários e mostra uma linha de tendência da pandemia). O ritmo é mais de duas vezes maior do que o observado em abril, quando o Brasil contabilizava cerca de 15 mil novos diagnósticos por dia.
Desde o surto de janeiro e fevereiro, o país conta com uma nova modalidade de diagnóstico — os autotestes de antígeno, aprovados pela Anvisa neste ano e comercializados nas farmácias a partir de março, que podem ser feitos em casa pelos próprios pacientes.
Tanto RT-PCR quanto os testes de antígeno — incluídos aí os autotestes e os testes realizados em farmácias e laboratórios — são feitos a partir de uma amostra coletada do nariz do paciente com uma haste longa, o swab.
No caso do RT-PCR, a amostra é processada em uma máquina capaz de multiplicar o material genético da coleta mais de um milhão de vezes. Isso aumenta a sensibilidade do exame e, por consequência, a probabilidade de que ele detecte o micro-organismo. Há laboratórios que disponibilizam o resultado em até quatro horas — durante o surto do início do ano, contudo, diante da grande procura, esse prazo chegou a ser estendido para alguns dias.
Muita gente tem optado pelos testes de antígeno porque eles são mais baratos e apresentam resultado mais rápido.
Para o pneumologista Gustavo Prado, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, no atual momento da pandemia, em que o país tem uma ampla cobertura vacinal — o que garante que a maior parte das pessoas que contraírem o Sar-CoV-2 não terão formas graves da doença —, os testes de antígeno, “guardadas as limitações”, são uma ferramenta útil para detectar os casos leves. Quem está com uma manifestação grave de síndrome respiratória, ele frisa, seja ou não suspeita de covid, deve procurar um serviço de saúde.
Já aqueles que não apresentam sintomas graves — como falta de ar, desorientação e confusão mental, tosse permanente e desconfortável, febre persistente —, ele avalia, podem procurar os testes de antígeno.
Via jornal Estado de Minas