A cada balanço financeiro e números sobre as contas do Cruzeiro, percebe-se o tamanho do ‘rombo’ deixado pela última gestão, assim como a missão do atual presidente Sérgio Santos Rodrigues. Nessa quinta-feira, o economista Fernando Ferreira, que faz parte do Grupo Pluri, divulgou em seu Twitter dados, até maio de 2020, baseados no balanço do clube celeste.
Fernando afirma que ‘arrasaram’ com o clube e mostra que a diretoria atual tenta resolver os atuais problemas. Com os números, o Cruzeiro passa a ter o maior passivo descoberto do futebol Brasileiro, com valor negativo de R$ 746 milhões, superando o Botafogo.
Fernando indicou, ainda, metas da última gestão, como atingir receita de R$ 500 milhões anuais, meta que não só deixou de ser atingida como provocou a maior crise financeira e administrativa da história do clube.
Confira alguns números apontados pelo especialista em gestão e marketing do esporte e pesquisa de mercado:
– Endividamento liquido de R$ 1 bilhão
– Receita: R$ 54 milhões (queda de 60% em comparação com 2019)
– Deficit: R$ 259 milhões (R$ 103 milhões referentes à provisões, R$ 76 milhões referentes à indenizações atletas)
– Despesa financeira de R$ 37 milhões por dívidas com clubes estrangeiros, sofrendo impacto da desvalorização do real frente a dólar e euro
– Dívida de R$ 225 milhões a clubes do Brasil e exterior, além de agentes, intermediários e investidores
– Balanço do clube traz provisões para perdas no valor de R$ 197 milhões contra R$ 45 milhões em 2019. Desse total, as dívidas trabalhistas são de R$ 90 milhões e as tributárias de R$ 60 milhões
– Receita do clube, nos primeiros cinco meses de 2020, foi de R$ 58 milhões (60% de queda)
– Projeção de R$ 118 milhões para todo o ano de 2020.
– Receitas com direitos de transmissões caíram 50% (de R$ 32 milhões para R$ 16 milhões até maio/20)
– Balanço até maio/20 mostra R$ 290 milhões em dívidas fiscais e tributárias. Desse total, R$ 140 Milhões é PROFUT
– Dívida de R$ 130 milhões para instituições financeiras. BMG é o maior credor: R$ 72 milhões (55% do total). Supermercados BH têm R$ 7,2 Milhões a receber.