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Na noite dessa segunda-feira (29), na Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Barroso, o Prefeito Reinaldo Fonseca (PSDB), que fez o uso da palavra por cerca de uma hora na Casa, pediu o arquivamento da Comissão Especial de Inquérito (CEI), que foi instaurada na Câmara nos últimos dias. 

“Depois de tudo o que foi apresentado, venho solicitar as vossas excelências uma análise dos documentos apresentados, e, por fim, solicitamos o arquivamento ou encerramento da Comissão Especial de Inquérito. Ou que se faça a apuração em anos anteriores. Acho que provas e documentos estão fartos aqui, no relatório que apresentamos”, diz Reinaldo que fez um apelo aos vereadores da sua base pedindo o arquivamento ou encerramento da CEI. 

Reinaldo ainda ficou no plenário para responder questionamentos dos vereadores, mas apenas o vereador Giovanni Graçano (PPS), fez perguntas ao chefe de executivo. Os demais edis apenas fizeram ponderações e colocações a cerca da índole do Prefeito e das suas atitudes como chefe do executivo, com exceção também do vereador Leone Nascimento (PP), que disse, na presença do Prefeito, que os vereadores estavam fazendo seu trabalho. 

“Se nós que somos vereadores não usarmos desta prerrogativa, do que vale a Câmara?”, questionou Leone que também disse que tudo teria que ser averiguado. 

Já o vereador Anderson de Paula (PP), líder da oposição na Câmara, preferiu, na presença do chefe de executivo, apontar a imprensa como a responsável pela situação criada. “A imprensa colocou gasolina e ai, assim, eu quero dizer para vossa excelência, o senhor tem um parceiro na sua administração, falo isso olhando nos seus olhos. Se precisar converso pessoalmente e lhe passo tudo o que chegou até a nós”, diz Anderson quando o Prefeito ainda estava na Casa. 

Já na ausência do Prefeito, Anderson subiu o tom e disse que estava evitando o embate. “Uma coisa que aprendi nestes anos de vida pública é evitar o embate. Não vou ficar aqui contrapondo o Prefeito ou falando questões que ao meu ver discorda”, declarou o vereador que disse que não era medo, mas sim respeito.

“Acho que ficaria muito indelicado abrir um debate vereador/prefeito”, uma indelicadeza”, ressaltou o edil que depois que o Prefeito foi embora, fez alguns questionamentos. “Se o Prefeito tem a convicção de que não tem erro, porque não deixar a Comissão seguir? Faz igual eu fiz na época da pipoca e do algodão doce. Quem não deve, não teme”, diz, já na ausência de Reinaldo.  

CEI

A Comissão Especial de Inquérito contra a atual administração pública teve assinatura de Anderson de Paula (PP), Leone Nascimento (PP) e kiko do Bedeschi (PHS). Durante a reunião do dia 9 de abril teve também o apoio dos vereadores Állan Campos (PSDB) e João Campos, o Golô (PDT). 

De acordo com os documentos entregues a presidência da Casa, existem possíveis irregularidades nos eventos realizados neste ano de 2019; Réveillon, Pré e Carnaval.

Segundo o vereador Anderson, depois de consulta ao Portal da Transparência, no site da Prefeitura, e site da Associação Mineira de Municípios (AMM), foi detectado que em nenhum momento a Prefeitura realizou os trâmites legais de licitação para o uso de espaço público no que diz respeito a praça de alimentação nestes eventos. E mais, Anderson disse que o Executivo também não respondeu os requerimentos/questionamentos feitos pela Câmara. 

Ainda de acordo com o vereador, a CPI ganhou forças com um recibo, provavelmente assinado por um funcionário da prefeitura que teria recebido o aluguel do espaço público no Carnaval. “Ainda está no corpo do recebido de R$380 o prolongamento das festividades do Carnaval. Como que um funcionário prolonga o aluguel de uma barraca e recebe o dinheiro sem dar entrada nos cofres públicos? Portanto, devido a falta de documentos enviados pela Prefeitura e essas denúncias e possíveis provas e que estamos pedindo a instalação desta CPI”, diz que Anderson que reforça que ele mesmo viu, durante o Carnaval, um funcionário da Prefeitura indo receber os valores do barraqueiro. 

OUTRA CPI

Também consta na Casa um pedido de abertura de CPI do vereador Állan Campos (PSDB) contra a antiga administração. Processos licitatórios teriam sumido e uma Comissão para apurar foi criada. 

As comissões foram montadas e os membros já foram definidos para as averiguações. Porém, depois do pedido do executivo na reunião desa segunda-feira, o tramite pode tomar outro caminho. 

 

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