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Muitos já esqueceram, mas 58 famílias barrosenses ainda choram e lamentam a perda de seus entes queridos durante a pandemia de coronavírus. No próximo dia 7 de setembro, quando alguns se organizam para comemorar o feriado, a cidade completa um ano do primeiro óbito por decorrência da doença que já matou mais de meio milhão de pessoas somente no Brasil. São mais de 4 milhões de óbitos no mundo.

Na ocasião, naquele 7 de setembro de 2020, a primeira morte era anunciada pela Prefeitura Municipal de Barroso, através do Boletim Epidemiológico. Era a tarde do feriado da Independência e a população já se preparava para o pior. A vítima era um homem de 69 anos.

De lá para cá, também devido ao atraso das vacinas por parte do Governo Federal, outras 57 pessoas morreram vítimas da doença na cidade. “Tem gente que ainda ri quando passo na rua usando máscara. Tem gente que acha que a vacina não demorou. Tem gente que não quer vacinar e zomba de nós. E fazem isso porque não perderam familiares como eu perdi”, diz um leitor do jornal que prefere não se identificar e ressalta que, quando tudo isso passar, muitos seguirão suas vidas normalmente, mas ele vai ter que conviver com a dor da perda pelo resto da vida.

O negacionismo se transformou em uma guerra política e acabou fazendo de maio deste ano o mês mais letal no que diz respeito ao número de óbitos em Barroso. Ao todo, foram 21 mortes somente em maio, o mês em que mais vidas foram perdidas no município. Na cronologia das mortes  também é possível verificar que os números diminuíram na cidade ao longo dos últimos meses. Em agosto, mês com o menor número de mortes neste 2021, há o registro de apenas um óbito por Covid-19. Trata-se de uma mulher de 53 anos que chegou a ficar internada por cerca de um mês em São João del Rei, mas não resistiu e faleceu no último dia 9. “Não existe outra razão para a queda das mortes em todo o Brasil e no mundo. Agradeçam à ciência, à vacina”, diz o biólogo Átila Iamarino.

Das 58 mortes, 31 são do sexo feminino e 27 do sexo masculino. A maioria é de idosos acima de 60 anos. A vítima mais jovem tinha apenas 26 anos e a mais idosa faleceu aos 92. O dia mais letal da doença foi 2 de julho, quando quatro barrosenses morreram vítimas do coronavírus.

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