Rodrigo de Melo Teixeira, ex-superintendente da Polícia Federal (PF) em Minas Gerais, foi preso na operação Rejeito, deflagrada pela PF nesta quarta-feira (17) para apurar um esquema de corrupção em órgãos ambientais do estado, que já sofreu com os rompimentos de barragens em Mariana e Brumadinho.
Teixeira foi nomeado no início da gestão do atual diretor-geral, Andrei Rodrigues, e ocupou a função de diretor de Polícia Administrativa no governo Lula. Ele era o terceiro na hierarquia da cúpula da PF até deixar o cargo no final de 2024. A reportagem tenta contato com a defesa de Rodrigo.
Atualmente, Rodrigo exerce a função de diretor de Administração e Finanças do Serviço Geológico do Brasil, na Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (SGB/CPRM).
Natural de Barbacena, na Região Central de Minas, Rodrigo de Melo Teixeira é formado em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e possui especializações em Gestão de Segurança Pública, Política e Estratégia e Direito Público.
Ingressou na Polícia Federal em 1999, onde ocupou diversas posições de liderança, incluindo chefe de delegacias especializadas e corregedor regional. A investigação da operação Rejeito apontou que ele seria administrador oculto de uma empresa de mineração e mantinha negócios com alvos investigados enquanto atuava como diretor da PF na gestão de Andrei Rodrigues.
A PF cumpre na manhã desta quarta-feira (17), 79 mandados de busca e apreensão e pelo menos 22 mandados de prisão preventiva, em Belo Horizonte e em outras regiões de Minas. A megaoperação é contra um esquema de fraudes em licenças ambientais envolvendo mineração. O principal alvo da operação é Alan Cavalcante do Nascimento, apontado como líder da organização. Ele seria responsável pelas decisões estratégicas, movimentações financeiras e articulações com servidores públicos.
Informações Rádio Itatiaia