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Em 394 mil domicílios mineiros, pelo menos uma pessoa pediu um empréstimo no último mês para enfrentar a pandemia, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 76 mil desses domicílios, o pedido foi negado, principalmente às famílias com renda inferior a R$ 2.000 per capita. Em todo o Brasil, foram cerca de 4 milhões de lares onde alguém precisou de um empréstimo, e aproximadamente 762 mil não conseguiram.

É a primeira vez que o IBGE inclui a informação em uma pesquisa, por isso não é possível fazer o comparativo com anos anteriores. Dados de algumas instituições, porém, sugerem que a pandemia acentuou a procura por empréstimos em todo o Brasil.

A Sim, fintech de empréstimo pessoal do Banco Santander, registrou aumento de 113% no volume de pedidos de crédito no segundo semestre deste ano, em comparação aos três primeiros meses. Os pedidos com veículos como garantia tiveram aumento ainda mais expressivo, de 288%.

Para especialistas, momento é de planejamento e pé no chão

O professor de economia e finanças Cleyton Izidoro reforça que a incerteza trazida pela pandemia obriga as pessoas a planejarem mais de perto a vida financeira. “Esse cenário muda tudo. É preciso manter os gastos no mínimo possível e evitar os necessários. Em momentos de crise, o planejamento financeiro é para não perder, enquanto em outros momentos é para adquirir. Vejo pessoas falando que é hora de fazer dívidas, mas é hora de planejamento com pé no chão. Quem for pegar empréstimo pessoal tem que garantir pelo menos 12 meses de pagamento”, elabora.

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