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O 2º Pelotão de Bombeiros de São João del-Rei registrou, de maio até hoje (24), um total de 132 ocorrências de incêndios em vegetação no município e em 15 outras cidades próximas atendidas pelos Bombeiros.

Além dos incidentes em São João del-Rei, Tiradentes, Madre de Deus de Minas, Rio das Mortes e São Sebastião da Vitória, também registraram eventos com fogo.

Sobre as causas dos incêndio, o Cabo Giovanni, do Corpo de Bombeiros, ressaltou que “de uma forma geral, a gente sabe que, a causa principal é incendiarismo. São pessoas que colocam fogo. Ou seja, a pessoa quer limpar o seu lote, e usa o fogo pra isso, que não pode ser feito. Ou então criança brincando, que põe fogo e se espalha. Ou pessoa que põe fogo deliberadamente, pra causar tumulto”, afirma Giovanni.

O Cabo afirma também que essas queimadas acontecem neste período que vai de maio a setembro, pois é um período de pouca chuva, tempo seco e vento. Esse fatores, associado à causa citada anterior, auxiliam no aumento dos casos.

A cidade de São  João del-Rei tem diversos bairros novos e/ou com muitos lotes vagos, e isso gera maior demanda do Corpo de Bombeiros. De acordo com o Cabo Giovanni, bairros com grande concentração de terrenos sem casas estão mais propensos a incêndios. Em bairros como Cidade Universitária, Cidade Verde, Vila Belizário e na área entre a Colônia e as Águas Santas, ocorrem grande parte dos casos da cidade.

Maior dificuldade de controlar o fogo, ainda conforme os bombeiros, é quando atinge uma área maior. “Quanto maior a área atingida, quanto mais afastada, mais difícil é. Por exemplo, sítios, fazendas, plantações”. O Cabo explica que, quando o incêndio ocorre dentro da cidade e com passagem livre para o caminhão do Corpo de Bombeiros, o trabalho para apagar o fogo é menor. Já quando o incêndio surge em áreas mais amplas e/ou com dificuldade de acesso do caminhão, o controle é feito de maneira direta, com abafadores e bombas de água. O que é mais desgastante e menos efetivo para o controle das chamas.

Em comparando a 2019, o número se mantém próximo ao mesmo período de 2020. No ano anterior, foram registrados 138 casos entre maio e agosto. O Corpo de Bombeiros ainda alerta que o período de seca não acabou, independente da chuva dos últimos dias. Para eles, a seca pode se estender até começo de outubro deste ano. O 2º Pelotão também registrou neste ano mais ocorrências em áreas urbanas não protegidas. Foram 22 casos contra 3 no ano anterior. Porém, 2019 teve mais incêndios em lotes vagos. 2020 vem apresentando mais chamadas de queimadas em áreas maiores e na área rural, como sítios e plantações.

Já segundo a presidente do Codema, Conselho de Conservação, Defesa e Desenvolvimento do Meio Ambiente, Lucília Resgalla, um levantamento foi feito na cidade constatou que 65% da Serra do Lenheiro está queimada.

Cabo Giovanni pontua ainda que “colocar fogo em qualquer área dentro da cidade não é permitido”, e que é crime previsto em leis municipais e estaduais. Ele ainda aproveita para lembrar que o Corpo de Bombeiros não atende a chamada de crimes ambientais. Lembrando que queima dentro das cidade, que libere gases tóxicos, é considerado crime ambiental. A denúncia deve ser feita diretamente para a Polícia Florestal de São João del-Rei, pelo telefone (32) 3371-2496.

O Corpo de Bombeiros recomenda que a limpeza dos loteamentos seja feita regularmente e sem a utilização de fogo. Para a zona rural, O IEF, Instituto Estadual de Florestas, regulamenta a limpeza com fogo em pastagem, desde que siga as orientações do órgão e apresente licença para o mesmo. Conforme o Cabo Giovanni orientou, lotes limpos, capinados ou que sigam as orientações de segurança para a limpeza com fogo, evitam casos de incêndio.

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