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Uma série com três pesquisas realizadas pelo Instituto Datafolha investiga, desde maio, como tem sido o cotidiano de estudos em casa de alunos da rede pública municipal e estadual, com a pandemia e o fechamento das escolas. Os reflexos da pandemia na educação são vários e a série histórica mostra que, de maio a julho, as redes públicas continuaram buscando alternativas de atividades escolares não-presenciais para os seus estudantes, passando de 74% para 82% os alunos com acesso a algum conteúdo pedagógico. Porém, com o passar do tempo, eles se mostram mais desmotivados, ansiosos e com dificuldade para manter a rotina de estudos.

Em julho, a pesquisa mostra que 77% dos estudantes estavam tristes, ansiosos, irritados ou sobrecarregados na pandemia, segundo as respostas dos pais e responsáveis. Além disso, aumentou o percentual de alunos cujos pais temem que desistam da escola por não estar acompanhando as atividades: de 31% em maio e junho, para 38% em julho. Este índice é maior para o ciclo dos Anos Finais (43%).
A série histórica foi encomendada ao Datafolha pela Fundação Lemann, Itaú Social e Imaginable Futures com o intuito de traçar um panorama da educação pública na pandemia sob o ponto de vista dos pais e responsáveis e dos seus estudantes. Na terceira pesquisa da série, o Datafolha entrevistou, via telefone, 1.056 pais ou responsáveis por 1.556 estudantes de escolas públicas de 7 a 15 de julho de 2020.

Subiu de 46% em maio para 51% em julho o índice de estudantes desmotivados com os estudos durante a pandemia. Este percentual é maior entre os alunos dos anos finais: de 50% em maio para 54% em julho. Também passou de 58% para 67%, entre maio e julho, o percentual dos que percebem dificuldade na rotina das atividades em casa, e de 31% para 38% os estudantes com risco de desistir da escola por não conseguir acompanhar o ritmo das aulas, segundo as respostas de pais ou responsáveis.

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