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Neste dia, 26 de julho, dedicado à padroeira do município de Barroso, Senhora Sant’Ana, a reportagem do barrosoemdia, relembra, através do historiador Wellington Tibério, a origem da devoção a santa em na cidade.

Tudo teve início no século XVIII, como mostram as informações do livro “Barroso, um relato sobre a origem” de autoria do historiador Tibério, ou seja, uma tradição religiosa com quase 300 anos de história. De acordo com o livro, a devoção à avó materna de Cristo remonta a idade média, quando foi instituído o culto e consagrado o dia 26 de julho. Introduzida em Minas Gerais, Sant’Ana tornou-se padroeira dos mineradores, também invocada pelas mulheres grávidas, casadas e viúvas.

Tibério também resgata no exemplar a trajetória de vida do primeiro devoto, o português Antônio da Costa Nogueira, que foi quem adquiriu a primitiva imagem e construiu a capela dedicada a santa nas proximidades do Mercadinho do Fernando, na região central, e que posteriormente foi demolida pelo Cônego Luiz Giarola Carlos entre as décadas de 1960 e 1970, por esta época, no entanto, identificada como Capela de Nossa Senhora do Rosário.

Outra informação do historiador é que a imagem mais antiga da padroeira e que sai durante a procissão é de origem portuguesa, com características de estilo do século XIX. “A imagem da padroeira é contemporânea à criação da própria paróquia. Por ser uma das imagens mais antigas e representativas da comunidade, mereceria o tombamento como patrimônio histórico do município, para garantir sua preservação e quem sabe o resgate das cores originais, já que foi descaracterizada nas últimas restaurações”, diz Tibério que também relembra que esta imagem foi utilizada durante as gravações do seriado “Hilda Furacão” reprisado pela Globo em 1998.

HINO

Embora a festividade seja celebrada pela paróquia há quase um século, o Hino da Padroeira, que tradicionalmente é utilizado durante a festividade, provavelmente foi introduzido pelo cônego Luiz Giarola Carlos, a partir da década de 1940 sendo uma composição atribuída aos padres Faustino Kill e Jorge Braun. No entanto, existem outros cânticos que são utilizados durante a novena da padroeira.

Após longas décadas executado pela Dona Lurdinha, no Harmônio Santa Cruz, a partitura foi compartilhada e adaptada para Banda de Música e foi gravado em cd na gestão do ex-prefeito Arnaud Napoleão, sendo interpretado pelo saudoso padre Fábio José Damasceno.

Durante as festividades da Padroeira em 2022, houve uma exposição sobre a história da Paróquia de Sant’Ana promovida pelo Centro SER e naquela ocasião o áudio do hino da padroeira, foi reproduzido e executado no órgão de tubos da igreja Luterana de Petrópolis, pelo organista Thiago Tavares.

Ouça aqui!

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