Desde os idos do ano passado, mais precisamente em outubro de 2014, eu começava a escrever para o site do Barroso Em Dia como colunista a convite do jornalista Bruno Ferreira. Uma oportunidade, sem dúvidas, nova, importante e instigante para mim que antes só era acostumado às formatações acadêmicas e à truncada linguagem das ciências humanas, principalmente a da história que é a guia do meu ofício. Recebi com grande carinho tal convite, um aceite “com grado” como é comum no “mineirês”. Essa incumbência de explicitar minhas ideias, muitas delas pouco comuns por aqui, e colocá-las ao julgamento (necessário) dos leitores do periódico, foi um exercício mais que interessante. Além disso, a função de colunista foi para mim como aprender uma nova língua, como se aquele que habituado à métrica poética, num repente, foi dado a tarefa de escrever em prosa. No meu caso foi aprender uma nova narrativa. Aqui fica um pedido formal de desculpas ao Bruno pela extensão dos textos (risos), tentei depurá-los com o tempo, não sei se consegui, mas que, em suma, essa busca foi um aprendizado divertido.
Nesses meses, busquei tratar coisas que são frutos de indagações pessoais, das minhas posições teóricas e políticas, das conversas com as pessoas, de ouvir e ler os meios de comunicação da cidade e muito mais coisas que na resenha atual não cabem. Sendo um auto apologista posso dizer que tentei ser coerente com aquilo que acredito, entretanto, sem ter sido deselegante ou mesmo injusto. Foram textos feitos com cuidado, lidos e relidos como se eu pisasse em ovos. Muitos deles sob a tutela de minha “voz racional”, Gláucia Moreira, que diante das circunstâncias da escrita me vem à mente história do casal medieval de Heloísa de Argenteuil (1090-1164) e de Pedro Abelardo (1079-1142). Além do mais, para esse trabalho, sendo mais preciso, e pelo seu companheirismo posso compará-la a Sancho Pança, que confiava em Dom Quixote em suas imaginações, mas estava ali e era a “voz da razão” do “fidalgo” insano da mente. Agradeço ao jornalista Alexandre Costa pelas ponderações e pela “consultoria” jornalística gabaritada! Fica também um salve para o amigo e grande fotógrafo Moisés Jorge pelas nossas longas resenhas de fotografia e por termos feito um jam em uma das colunas. Agradeço de coração ao jornalista Bruno Ferreira pela oportunidade, pela paciência e pela liberdade que ao meu texto foi concedido. Espero sair, por enquanto, como no ditado popular, pela porta da frente e, se acaso eu voltar, possa encontrá-la aberta para daqui um tempo continuar a contribuir mais…
Minha pausa é mais um pedido de tempo para que eu possa me aprimorar em meu oficio que, por hora, exigirá mais de mim e da minha rotina. Entretanto, uma pausa a contragosto.
A todos que leram meus textos espero que tenham saído com mais dúvidas do que certezas: indagar é um motor! Agradeço-os também! Como o título já indica já volto, apesar de a pausa ser um imperativo momentâneo.
Por Maurício Alves Carrara

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