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O ano de 2022 foi violento para os profissionais de imprensa no Brasil. Só nos primeiros sete meses, foram registradas 66 agressões graves, que envolvem episódios de violência física, destruição de equipamentos, ameaças e assassinatos. Esse número representa um crescimento de 69,2% em comparação com o mesmo período de 2021, que teve 39 casos. Os dados são do monitoramento de ataques contra jornalistas feito pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

Assim como em 2021, os principais autores de ataques seguem sendo agentes estatais — conforme havia sido revelado pela Abraji em mai.2022. Eles foram responsáveis por 209 (71,8%) casos de violência contra a imprensa e seus profissionais entre jan.2022 e jul.2022. Os membros da família Bolsonaro com cargos eletivos estão envolvidos em 157 (53,9%) episódios: 60 tiveram a participação do presidente; 51 envolveram o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP); 32 estão ligados ao vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ); e 20 se conectam com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

O Secretário Nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, compareceu a um evento do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em comemoração ao Mês Internacional da Imprensa Livre, realizado em Belo Horizonte. Em uma palestra, o secretário condenou declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra a imprensa e diz que as atitudes do ex-chefe do Poder Executivo contribuíram para o aumento de agressões contra jornalistas no país, principalmente no dia 8 de janeiro.

MADURO

A entrevista do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, a jornalistas no Palácio do Itamaraty, em Brasília, terminou com agressões a profissionais de imprensa nesta 3ª feira (30.mai.2023). Uma falha na organização na saída dos chefes de Estado da América do Sul fez com que separação da área de profissionais de veículos de mídia fosse derrubada. Teve início um empurra-empurra ao redor do líder venezuelano. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores lamentou as agressões e afirmou que trabalhará para apurar quem são os responsáveis e tomar providências. A Secom (Secretaria de Comunicação Social) também emitiu um comunicado. Repudiou qualquer agressão e se solidarizou com a repórter da TV Globo Delis Ortiz –ela levou um soco no peito de um segurança, mas passa bem, segundo a emissora.

NOTA

“O barrosoemdia sempre lutou e continuará lutando pela liberdade de imprensa. Somos qualquer tipo de agressão e repudiamos os fatos ocorridos contra os profissionais de imprensa em Brasília. A imprensa deve ser livre e ter liberdade para apurar os fatos e ouvir os envolvidos. Repudiamos o ocorrido”.

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