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Na semana do Dia dos Namorados, o site Barroso EM DIA traz em destaque a coluna Do fundo do baú, do historiador Wellington Tibério, publicado do jornal impresso do último sábado (8). É sobre um casal barrosense com a história muito parecida com a de Romeu e Julieta, mas, felizmente, sem o final trágico.

Leia, na íntegra, a história de um romance proibido:

Artidônio Napoleão e Julieta Ferreira“Parece tema de novela mas foi uma realidade nos tempos antigos em que Barroso era um modesto povoado. Dois jovens então residentes no centro do vilarejo unidos pelo amor e separados pelo antagonismo político-partidário de seus pais. O romance teve início numa época de efervescência política em Barroso. O Coronel Arthur Napoleão de Souza engrossava as fileiras do Partido Republicano Mineiro e mantinha a liderança da política municipal de Tiradentes ao passo que seu principal adversário era um próspero comerciante natural de seu mesmo distrito, Francisco Ferreira Filho, filiado ao recém criado Partido Progressista. Os embates eram constantes. Em junho de 1936, em eleições indiretas para o cargo de prefeito, os dois se enfrentaram e o triunfo coube ao partido progressista e, desta feita, Chico Ferreira assumia a condição de chefe político do arraial de Barroso. Em dezembro de 1938, um comício era organizado pelos aliados do velho Coronel numa tentativa de retaliação com insultos e “morras ao prefeito”. Os Ferreiras aliados à família Rodrigues de Melo resistiram. A última batalha travada entre as famílias se  deu, em 28 de julho de 1943, com o casório de Artidônio Napoleão com Julieta Ferreira. Os padrinhos foram Joaquim Gabriel de Souza e José das Chagas Viegas. A tradicional foto dos noivos em frente à igreja com seus convidados revela os chefes de família em lados opostos da mesma forma em que se encontram os túmulos  no cemitério. Chico Ferreira e Arthur Napoleão estão de frente um para o outro, separados por uma alameda: enquanto um denomina a rua principal da cidade o outro denomina o “Barroso Velho”. Esta é mais uma história em que o amor vence os mais arraigados princípios políticos, onde o sentimento supera o ideal”.

No Brasil, o Dia dos Namorados é comemorado em 12 de junho por ser véspera de 13 de junho, Dia de Santo Antônio, conhecido popularmente como o santo casamenteiro.

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