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Nesta quinta-feira, 26 de abril, fazem exatos quatro anos da maior tragédia da história de Barroso, o incêndio da Rua Viena, onde cinco crianças, entre 1 e 5 anos, perderam a vida no Bairro Jardim Europa.

Rafaela Camile Guimarães Martins, de 5 anos, Ketlen Larissa Guimarães, de 3 anos, David Júnior Guimarães, de 1 ano e seis meses e os irmãos Beatriz Vitória Guimarães Pinto, de 2 anos e Gustavo Henrique Celestino Pinto Guimarães, de 1 ano e seis meses, foram as vítimas do ocorrido, que até hoje causa comoção e revolta na população barrosense.

De acordo com moradores, que na época ajudaram a salvar as crianças, muita fumaça começou a sair da casa. “Eu cheguei quebrando tudo o que estava à minha frente e entrei com outros amigos. Não dava para ver nada. Era muita fumaça. Foi quando pisei em uma criança, que estava caída no chão, e enrolei ela no cobertor e coloquei lá fora, mas ela já estava morta, toda queimada”, diz Renato, morador do bairro que, com o auxílio dos vizinhos, ajudou no socorro. “Ficamos jogando água, todo mundo, até o SAMU chegar, mas eles demoraram muito. O Corpo de Bombeiros, como vem de Barbacena, já chegou aqui e as crianças estavam todas mortas. Só conseguimos tirar duas, mesmo assim, em estado muito grave”, conta o morador que se emocionou ao falar à reportagem.

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DECISÃO DA JUSTIÇA

Três anos depois, saiu a conclusão do processo judicial que condenou Amanda Francisca Guimarães, mãe de duas das cinco crianças envolvidas na tragédia.

De acordo com a sentença da Doutora Juíza Valéria Possa Dornellas, responsável pela Comarca de Barroso, Amanda foi condenada, em maio de 2016, a um ano e quatro meses de prisão em regime aberto pelo crime de incêndio culposo qualificado pela morte. Porém, com a apelação da defesa, a sentença foi convertida em serviços à comunidade e prestação pecuniária.

Na época a decisão da magistrada, de 3 de maio de 2016, quase passou despercebida pela imprensa e principalmente pelas partes interessadas na conclusão do processo como Luciano Martins, pai de Rafaela, que chegou a ser socorrida com vida e transferida no helicóptero do SAMU, para o Hospital João XXIII em Belo Horizonte.

No resultado do inquérito feito pela Polícia Civil, através do Delegado Alexsander Soarez Diniz, houve negligência por parte da maior de idade Amanda. Ainda de acordo com o documento, enviado cinco meses depois do ocorrido ao Ministério Público de Barroso, uma brincadeira com fósforo, que começou na sala, teria sido o motivo do incêndio.

O inquérito também mostra que as crianças estavam sozinhas e que a porta da sala e as janelas da casa estavam empenadas, o que teria dificultado a tentativa de fuga. Portanto, as crianças teriam corrido para o quarto onde morreram asfixiadas. Também de acordo com a conclusão, estavam na casa dois adolescentes e uma jovem. Eles não foram julgados.

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