Em tempos de Festival de Teatro na cidade, convém relembrarmos o nome dos pioneiros das artes cênicas em Barroso, que desde a década de 1920 brindavam a população do vilarejo com apresentações diversificadas. Chico Meireles foi o primeiro diretor do Grêmio Teatral Barrosense. Além de músico, era quem marcava as quadrilhas, contava com o apoio e a participação de alguns franceses que na época residiam em Barroso. O integrante da trupe de maior destaque foi Artidônio Napoleão com sua personalidade irreverente. Nos anos 50, o grupo teatral era chefiado por Elisa de Cusatis. O apoio financeiro vinha da Cerâmica do Peixe e com isso o grupo percorria cidades da região. Muitos artistas mais tarde se tornariam prefeitos do município. Esta foi a época dourada do teatro barrosense. Havia até sede própria no centro do distrito. No auge da ditadura militar, caracterizado pela repressão, o teatro em Barroso era organizado por Saulo José Alves e Targino Pereira Filho. O Curt Art foi um grupo formado por jovens e talvez o que menos tempo permaneceu em atividade. Todos estes grupos merecem destaque, pois, mesmo com a falta de apoio, conseguiram subir aos palcos e levar entretenimento ao barrosense. Atualmente a Companhia Fofocas de Teatro de Barroso brilha nos palcos com a peça “Eram Dois Coveiros Que se Amavam”. O teatro em Barroso é uma realidade histórica que também pode ser comparado à Fênix, pois sempre ressurge das cinzas.
2014-10-27
Comments are closed, but trackbacks and pingbacks are open.