As abelhas são uma importante peça dentro do ecossistema: produzem própolis, mel e, principalmente, garantem a sobrevivência de varias espécies da plantas através da polinização. Pensando em incentivar a preservação e conhecer melhor o mundo desses insetos, um projeto foi desenvolvido para catalogar a presença de abelhas na Mata do Baú, em Barroso.
O projeto “Diversidade de Grupos de Insetos (Insecta) na Mata do Baú, Barroso, MG” foi desenvolvido por uma equipe de docentes e discentes do Departamento de Entomologia da Universidade Federal de Lavras (UFLA), sendo três desses barrosenses: Marcos Magalhães de Souza, Biólogo e Pós-Doutor em Entomologia; Epifânio Porfiro Pires, Biólogo e Mestre em Entomologia, e Marcell Santos Ferreira, Engenheiro Agrônomo. O projeto recebeu financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), através do Programa Biota Minas e foi feito sob a orientação da Professora Brígida Souza.
Segundo um dos envolvidos no projeto, Epifânio Porfiro Pires, durante o período de março de 2010 a fevereiro de 2011, foram realizadas coletas de abelhas a cada 15 dias. “Somando-se os números obtidos, registrou-se a coleta de mil e 99 exemplares de abelhas (e vespas dos ninhos-armadilhas), distribuídos em 58 espécies. Cabe ressaltar, que parte do material está em fase final de identificação podendo, esse número, de espécies ser triplicado”, afirma.
De acordo com Epifânio, a preservação das várias espécies encontradas em Barroso, depende da preservação de seu ecossistema. “Podemos concluir que a diversidade de abelhas na “Mata do Baú” é muito grande, inclusive com algumas espécies consideradas ameaçadas de extinção no estado de Minas Gerais. A preservação dessa diversidade depende da conservação das áreas de mata nativa, dos rios e riachos que cortam o local e a região”, finaliza.
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