A alcunha “País do Futebol” que acompanha o Brasil não foi dada por acaso. Além de ser nação com maior número de conquistas em Copas do Mundo, em nosso território nasceu boa parte dos craques que figuram eternamente no panteão dos deuses da bola. Entre eles, um certo garoto de Três Corações que veio a se tornar um rei. Ainda mais relevante é a paixão por esse esporte distribuída de norte a sul na forma de torcida por diversos grandes times. Um cenário singular que não encontramos em nenhum outro lugar do mundo.
Curiosamente, esse sentimento pelo futebol raramente se materializa em debates sobre o esporte em si. O jogo coletivo, propriamente dito, costuma ficar fora das conversas tanto nos programas de TV quanto na velha resenha das mesas de bar. Normalmente, o que se ouve são comentários sobre impedimentos de 40 centímetros mal marcados, se um toque de mão foi intencional, sobre questões de bastidores ou até mesmo comentários sobre a vida pessoal de jogadores e técnicos. Em vez disso, que tal falar sobre futebol?
A partir desta data, neste espaço concedido pelo site Barroso em Dia, o futebol vai voltar a ser assunto. Vez por outra, vamos relembrar grandes momentos de velho esporte bretão, analisar o atual cenário brasileiro e internacional e projetar o que o futuro pode nos reservar.
E para início de conversa, nada melhor do que tratar de nossa combalida Seleção Brasileira tentando se refazer do pior capítulo de sua história. Novamente sob o comando de Dunga, o escrete canarinho precisa reconstruir sua imagem perante o mundo após a humilhante derrota para a Alemanha na Copa. Com uma lista de convocados composta por diversos atletas experientes, o capitão do Tetra indica que a prioridade é vencer logo de início, retomando a confiança perdida para só então preparar o terreno para o Mundial da Rússia em 2018.
Após vitórias apertadas em amistosos contra Colômbia e Equador, a nova Seleção Brasileira dá sinais de que algumas coisas devem mudar. O estilo Felipão do “vamo-que-vamo” onde a tática e o jogo coletivo estavam em segundo plano em relação ao ímpeto dos jogadores deve ser coisa do passado. Ao contrário do que muitos imaginam, talvez pelo estilo explosivo à beira do campo, Dunga é um técnico que preza muito pela coesão tática e isso já pôde ser observado em seu retorno.
Contudo, desta vez o adversário é a vice-campeã Argentina do temido Lionel Messi. Ter um rival tão complicado na terceira partida também é um sinal de que o prestígio perdido precisa ser recuperado rapidamente. E a maior prova disso está na iniciativa de encontrar em breve com o carrasco que atende pelo nome de Alemanha. Se esse é o melhor planejamento ou se é apenas uma preocupação da CBF em manter seu maior produto em alta só o tempo dirá.
Por Michel Costa
Crédito da Imagem: UOL
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