Uma lei municipal em São João del Rei prevê a oferta de terapias alternativas e complementares a pacientes da rede pública de saúde. Tratamentos antroposóficos, fitoterapia e homeopatia já são oferecidos à população. Agora, com o serviço garantido por lei, novas modalidades vão começar a ser oferecidas ou ampliadas.
O próximo procedimento a entrar na lista dos atendimentos é a acupuntura, que será oferecida no Centro de Fisioterapia da cidade. “É uma prática complementar, que integra o serviço que já é oferecido normalmente, como medicamentos e consultas médicas. Vamos complementar tudo isso visando a redução de dor e melhora dos sintomas”, enfatizou o fisioterapeuta Marcius da Silva.
A lei foi aprovada há dois meses e já dá resultados. Um grupo de mulheres, por exemplo, se reúne uma vez por semana para bordar. A terapia faz parte das práticas complementares de saúde de um Centro de Medicina Antroposófico. São pacientes que chegam a partir do Programa Saúde da Família (PSF) e dos postos de saúde. “Essa aula para mim é maravilhosa. Me descansa, já que meu marido está um pouco doente. Eu fico tão feliz”, disse a aposentada Nagiva de Carvalho Assis.
A dona de casa Maria do Carmo Ramos entrou para o grupo após passar por vários tratamentos. Ela tinha problemas de artrite e reumatismos. “Doía o corpo todo. Não conseguia nem abrir a boca. Muita dor na cabeça, nas pernas. Hoje estou tranquila. Isso aqui foi uma maravilha para mim”, comemorou.
No mesmo centro ainda é possível encontrar tratamentos com ervas medicinais, óleo e argila. De acordo com o médico responsável, Paulo Maurício de Oliveira Vieira, são atendidos entre 500 e 600 pacientes por mês no local. Geralmente são crianças com problemas respiratórios, adultos com problemas emocionais e relacionados a inflamações em articulações e problemas de coluna. “O mais importante é a acolhida do paciente. Ele é olhado na sua integridade. Seus sintomas são valorizados. Olhamos os sintomas mentais, as queixas físicas, os exames físicos e de laboratório. Ele é estimulado a tomar a vida em suas próprias mãos”, explicou.
Os tratamentos complementares e alternativos, quando aliados ao tratamento convencional, ajudam o paciente no processo de cura. Eles diminuem a dor e os efeitos colaterais e não tem contra indicação. Podem ser feitos por qualquer pessoa, independente da idade.
De acordo com o coordenador de Saúde do Trabalhador, Orlando Cantelo Junior, a ação visa atender as particularidades da população do município. “As políticas estadual e a nacional têm uma abrangência grande, mas não conseguem perceber as peculiaridades de cada região. Então vimos essa necessidade de fazer uma política municipal. Assim vamos conseguir direcionar as ações para as características do município como população, perfil, espaço físico e a capacidade financeira que temos”, finalizou.
Informações do site g1.globo
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