Hoje, 22 de março de 2019, é o dia mundial da água e a data nos convoca a refletir sobre nossos recursos hídricos e sobre um dos principais rios que cortam nossa região: o Rio das Mortes.
Esse rio vem sofrendo agressões sistemáticas há décadas. Essas agressões, generalizadas, estão paulatinamente retirando a vida do Rio das Mortes. O estrago é de tal ordem que já não é mais possível falar apenas em conservação e preservação, é preciso que se fale agora também em recuperação e reflorestamento da mata ciliar.
Para se ter uma dimensão do desastre ambiental basta percorrer o rio utilizando a ferramenta de imagens de satélite do Google. O que facilmente se observa é a figura de um rio agonizante, sem suporte de flora e fauna, cercado por cidades que o invadem e cada vez mais erodido e envenenado, tanto pelo esgoto domiciliar como pelo industrial.
O fato é que o rio nunca foi tratado como tema central do debate político e social de nossa região. Foram raros os momentos em que a sociedade se escandalizou com a situação, o que ocorreu apenas pontualmente e em ocasiões extremas, como nos episódios de mortandade de peixes.
É preciso reverter esse destino. O primeiro passo é enxergar o problema e se importar com ele. Precisamos agir imediatamente para cessar a poluição, revitalizar o entorno e garantir a qualidade da água. O Rio das Mortes precisa de nós e quer viver.
por Antônio Claret
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