Compartilhe:

Nós não só cobramos melhores condições para a prática do esporte em Barroso, como, se for necessário, “brigaremos”, com quem for, para que possamos ter “praças” de esporte em nossa cidade. Isso vai além do jornalismo, é uma briga particular, confesso. Querer minha cidade entre as referências do esporte, em especial do futebol, é uma questão de honra. Que nós, à frente do Barroso EM DIA, vamos lutar até a última página deste jornal. Em resumo, vamos morrer pedindo melhorias, criticando e apontando os erros para que possamos sempre melhorar dentro e fora das quatro linhas.

Envolvido com o futebol, esporte, desde o fim dos anos 80 em Barroso, e estudioso curioso da nossa história, vi e vibrei com o Barrosinho, a Escolinha do Ceclans e o próprio Montanhês. Fui ao estádio assistir aos jogos do Vigilante, Barcelona, Havaí e outros gigantes do nosso futebol. Acordei cedo e sentei no quadro gelado das bicicletas roubando caronas rumo ao São José, João Vigia e Montanhês. Convivi com nomes como: Grilo, Maneca, Tim, Moacir, Paulo Lúcio, Zezé do Ponto, Baldonedo, enfim, nomes envolvidos no futebol barrosense que podiam parecer pouco, mas eram exemplares. Vi gols de Ferreira, Carlinhos, Maçarico, Tito e Negão. Vi defesas de Reinaldo, Aguinaldo, Toninho e Marcelo. Sentei debaixo da arquibancada no CRB e vibrei com Americano, Fogão, Colorado e Palestra. Pulei alambrado para ouvir a narração de Barroso e Argentinos Júnior pela Rádio de Barbacena. Matei aula, e não aconselho a ninguém a fazer isso, para poder jogar bola no Guimarães, fazer um dois no muro, no Brejinho, na Beira da Linha, no campo atrás do João Vigia, no Elvas, no Quintanilha, no Forninho, na Cerâmica e até na horta da casa do Nem. Tomei muitas canetas de Jaulean, Patico, Derblando, Cristian, Marcelinho e Teco. Tabelei com Waguinho, Nabu, Berg, Juliano, Harley, Dennis, Cristian Laine, Ivanei, Etiene, Reinaldo e tantos outros.

E acabou? Não. Cada um tem sua época e sua importância. É o que estamos vendo hoje: Barroso entre os melhores de Minas no futsal, com grandes nomes como Pedro, Túlio, Marcelo, Matheus e outros tantos ainda desconhecidos da grande parcela da sociedade, fruto de um trabalho que vem sendo realizado por novos nomes como Léo Vilela, Pôneis, Canhá, Gilson Boneco e Golô. Essa “molecada”, já estampada nas capas do Barroso EM DIA, é o futuro e a prova de que Barroso sempre teve um futebol comparado aos grandes centros, de igual para igual, e tem tudo para continuar tendo.

Mais uma Copa TV Integração bate a porta e Jonh, Leandrinho, Píu, Doguinha, Cadu, Caio, Dinei, enfim, essa turma de hoje, junto com essa vencedora que se inicia, só precisa daquilo que um dia já tivemos, ou seja, apoio incondicional. Espaço, suporte, estrutura e bola. Só assim serão lembrados futuramente como esses campeões que escrevi, vi e joguei junto.

Portanto, nunca é demais pedir às autoridades campos, quadras e condições para a prática do esporte. Material humano, tão raro hoje em dia, ainda temos, o que falta é apoio irrestrito. Gastar com futebol, com o esporte, é investir na vida dessas crianças e jovens.

por Bruno Ferreira

Comments are closed, but trackbacks and pingbacks are open.