Diante de tanta corrupção no país, a insatisfação e a descrença do eleitor com a classe política cresce a cada dia.
Em todas as profissões existe o bom e o mau profissional. Na política não é diferente. O problema é que a corrupção aumentou tanto que o eleitor já não consegue mais visualizar os bons políticos.
De acordo com as notícias, 91% dos deputados, alvos da operação lava jato, vão disputar as eleições deste ano. Certamente, estão pensando apenas no foro privilegiado. É por isso que o eleitor deve ficar de olho nos candidatos, no sentido de promover uma grande renovação.
É importante lembrar que renovar não significa apenas inserir novatos na política, mas promover mudanças de comportamentos, com novas ideias para que, juntos, jovens e veteranos da política busquemos caminhos inovadores, deixando de lado o interesse pessoal em defesa do interesse coletivo.
Essa transformação, essencialmente, precisa começar pelas próprias lideranças políticas, pois, terão um papel fundamental nas próximas eleições: orientar os eleitores na escolha de políticos qualificados. Só assim, haveremos de ter esperanças por dias melhores.
Na busca pelo voto, o argumento de ter feito algo para o município nada mais é do que o pagamento de um compromisso assumido quatro anos atrás. No entanto, não se pode ter isso como uma barganha.
A partir de agora, o que importa mesmo é a conduta ética e moral dos pretensos candidatos e, posteriormente, o compromisso que assumirão com a sociedade nos próximos quatro anos.
A questão do voto por amizade e consideração, sem uma avaliação profunda da condição ética e moral do candidato, não pode prevalecer nas eleições.
Tenho dito sempre: “Amigos, amigos, negócios à parte”. Não se esqueça que “votar é uma questão de consciência e, acima de tudo, uma questão de sobrevivência. Não é algo para ceder, pagar, oferecer como presente e muito menos para negociar”.
Todos nós sonhamos em mudar o país, o que nos falta é “botar as mãos na massa” para tornar esse sonho realidade. Para que isso de fato aconteça, precisamos ocupar o nosso espaço na política com uma nova mentalidade.
Portanto, afastar-se da política, jamais! Votar em branco, nem pensar! Anular o voto, nunca! São essas práticas que permitem a permanência dos injustos no poder.
“Que continuemos a nos omitir da política. É tudo o que os malfeitores da vida pública mais querem”. Bertolt Brecht
por Luiz Moreira