Marten Kingma, procedente de uma tradicional família holandesa, veio para o Brasil por volta de 1912. Era técnico em laticínios e em Barroso fabricava queijos tipo Edan e do Reino. Na manhã do dia 24 de setembro de 1928, foi encontrado morto com um ferimento abaixo das costelas.
Seu óbito foi registrado pelo subdelegado de polícia, Francisco de Paula Souza, sendo a causa da morte presumida em suicídio por meio de uma carabina. Martem tinha 40 anos, era solteiro e não tinha motivos aparentes para cometer um suicídio, era inclusive protestante.
No entanto, fora encontrado morto, com a arma ao lado do corpo e a casa fechada. As dúvidas sobre este possível suicídio se confirmam após a recente descoberta de um documento. Trata-se de uma provisão concedida pelo Arcebispo de Mariana concedendo “privilégio” de sepultura perpétua, no cemitério paroquial, em 7 de agosto de 1929. O compromisso de zelar pelo jazigo foi firmado pelo seu irmão João Kingma. Como pode um suicida e protestante gozar de sepultura no cemitério da paróquia? Se houve homicídio, por que não houve investigação do caso?
Perguntas de um mistério para as quais não se tem respostas dos tempos em que as ruas de Barroso eram mal iluminadas, as casas bem distantes e sem muitas autoridades para garantirem a segurança dos moradores. O olhar inquiridor de Martem parece buscar respostas…
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