IMPUNIDADE

Na página 6 do número 112 deste jornal foram publicadas matérias sobre o primeiro aniversário da Lei dos Bancos e entrevista com o novo comandante do pelotão da PMMG de Barroso. Esta lei municipal estabelece uma série de exigências a serem cumpridas pelas agências bancárias autorizadas a operar em Barroso. O artigo do Barroso EM DIA cita a opinião da senhora vereadora Wanderleia, autora do projeto da lei, que isenta de culpa pelo descumprimento das exigências “a gerência local, uma vez que a maior parte das  atitudes a serem tomadas, vem da direção regional”.  E a vereadora conclui, conforme o jornal: “infelizmente falta boa vontade de muitos em cumprir as leis em nosso país, um dos principais motivos talvez seja a impunidade que aqui reina”.

Na mesma página citada está a entrevista concedia ao editor chefe do jornal pelo Tenente Alexandre Vigorito, novo comandante do pelotão local da Polícia Militar. Ao manifestar seus objetivos no exercício deste comando, o senhor tenente declarou: “Enfim, Barroso parece ser mesmo uma ótima cidade. O trânsito precisa de uns ajustes, mas em resumo acho realmente uma boa cidade”. Com relação à impunidade que reina no país, segundo a opinião da ilustre vereadora citada, e consequentemente também em Barroso, se aplica a todas as leis em geral, e muito particularmente ao Código Brasileiro de Trânsito. Está muita certa a percepção do senhor tenente Vigorito, ao declarar que nosso trânsito precisa de uns ajustes.

Só a impunidade existente explica os abusos que todos nós, todos os dias, presenciamos em nossas ruas: carretas com placas de Barroso e de outras cidades transitando no centro da cidade, apesar das placas de proibição; caminhões estacionados sob placas que permitem estacionamento “EXCETO CAMINHÕES”; veículos leves, e principalmente motos , trafegando em altas velocidades, não respeitando faixas de pedestres e lombadas, com sistemas de som funcionando em volumes intoleráveis, e virando esquinas sem sinalizar que vão virar à esquerda ou à direita, etc, etc..

Seja bem vindo, senhor tenente Vigorito. Quero ter a certeza de que o senhor conseguirá fazer os “ajustes no trânsito”, mas saiba que encontrará resistências, pois muita gente de Barroso e de fora acha que aqui é uma terra de ninguém.

Por Paulo Terra