A segunda dose da vacina contra o papiloma vírus humano (HPV) começou a ser aplicada na segunda-feira (01) em todo o país, mas em Barroso a vacinação só deve começar no dia 10 de setembro. O público alvo são meninas de 11 a 13 anos que já receberam a primeira dose em março deste ano.
Segundo a enfermeira Giumara Moreira da Costa Ladeira, responsável pela distribuição das vacinas, as 348 doses recebidas na primeira remessa já foram distribuídas pelos PSFs da cidade, mas a segunda dose só pode ser aplicada depois de seis meses da primeira dose. “Como a primeira dose foi aplicada nas meninas a partir do dia 10 de março, a vacinação da segunda dose só pode acontecer a partir do dia 10 de setembro”, afirma. Mas a enfermeira ressalta que as meninas só devem se vacinar após seis meses da primeira dose. “Se a primeira dose foi aplicada no dia 13 de março, a segunda dose só pode ser aplicada a partir do dia 13 de setembro”, exemplifica.
Ainda de acordo com Giumara, meninas que ainda não receberam a primeira dose da vacina contra o HPV também poderão ser vacinadas a partir do dia 10. A vacinação volta a acontecer nas escolas da cidade, depois que a diretora da instituição permitir a ação.
A terceira dose da vacina será aplicada cinco anos após a primeira, ou seja, se a menina recebeu a primeira dose em março de 2014 e a segunda dose em setembro no mesmo ano, a terceira dose só é aplicada em março de 2019.
De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 4,3 milhões de meninas de 11 a 13 anos receberam a primeira dose em março deste ano. A segunda é essencial para garantir a proteção contra o HPV. A vacina protege contra quatro subtipos do HPV (6, 11, 16 e 18). Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero, enquanto os subtipos 6 e 11 respondem por 90% das verrugas anogenitais.
O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com a pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Ele também pode ser transmitido da mãe para o filho no momento do parto. Estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que 290 milhões de mulheres em todo o mundo estão infectadas, sendo 32% delas pelos subtipos 16 e 18. Em relação ao câncer de colo de útero, estudos apontam que 270 mil mulheres no mundo vivem com a doença. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos este ano.
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