
Depois da confusão no jogo entre Tabajara e R45, no dia 12, quando um torcedor uniformizado do R45, que já havia jogado fogos de artifício dentro do campo, atirou uma enorme pedra contra o árbitro da partida, a Comissão Organizadora da Copa Barroso decidiu que o Tabajara e o R45 jogariam os minutos finais da partida, que foi paralisada aos 37 minutos do segundo tempo, quando as equipes estavam empatadas em 1 a 1.
A continuação da semifinal aconteceu na tarde de domingo (19), no João Vigia, com portões fechados. Nos minutos finais do tempo normal de jogo, os times continuaram empatados. A partida então seguiu para os pênaltis, que garantiu a vitória de 4 x 2 para o R45.
Agora, a decisão da Copa Barroso acontece somente no dia 09 de novembro, em razão das eleições no próximo domingo (26) e do feriado de Finados no domingo seguinte.
O time do R45 irá jogar contra o Bandeirantes, que venceu o Guarani por 4×1 na primeira semifinal, no dia 12.
CARTA DE REPÚDIO
A equipe do Tabajara, que disputou a semifinal contra o R45 no domingo (19), enviou para a redação do Barroso EM DIA uma carta de repúdio do time direcionada à Comissão Organizadora da Copa Barroso. Leia na íntegra:
Carta de Repúdio
A equipe do Tabajara, que disputa a Copa Barroso há mais de 10 anos, vem a público mostrar sua insatisfação e indignação quanto à decisão da direção do Ceclans, responsável pela organização do evento.
Antes, porém, a equipe parabeniza o time do R45 pela vitória em campo de forma lícita e cordial.
No entendimento do Tabajara, a decisão do Ceclans de realizar o restante da partida, interrompida por um torcedor uniformizado do R45, que, depois de jogar fogos de artifício dentro de campo, atirou uma enorme pedra contra o árbitro do jogo, justamente no momento em que seu time sofreu o empate e estava sendo pressionado, correndo o risco de perder a partida, é inédita, absurda e vai na contra mão do que reza o regulamento do futebol, ou seja, dois terços do jogo já havia acontecido e não caberia retornar a partida. Dessa forma, como preza o regulamento, pune-se o infrator que interrompeu a partida, no caso o R45, representado pelo seu torcedor apontado pelo árbitro na súmula do jogo.
Essa decisão é no mínimo um incentivo à violência nos estádios de futebol, a qual o mundo luta para coibir e aconteceu aqui na nossa cidade. O torcedor foi identificado e nada sofreu. Não houve punição e acreditamos que enquanto houver uma direção como esta nada acontecerá, pois o mesmo é reincidente e já vem atrapalhando competições em toda a cidade.
O Tabajara também deixa claro que a decisão de fechar os portões no último domingo foi mais uma decisão impensada do Ceclans. O Tabajara não acredita que coibir a violência é proibir a entrada de todos. Para o Tabajara, coibir a violência nos estádios é identificar o infrator e puni-lo o que a direção do Ceclans não teve peito para fazer, preferindo se acovardar. Para nós, o Ceclans acabou de incitar a violência nos estádios. Não punir o infrator, e nem a equipe em questão, é fingir que nada aconteceu até que algo grave possa vir se configurar.
De qualquer forma, o Tabajara, mesmo diante da decisão equivocada, achou por bem disputar o restante do jogo, mesmo contra o regulamento do futebol, para não denegrir a imagem da sua equipe, que por sinal, nunca trouxe problemas à direção.
Por fim, o Tabajara espera que haja, por parte dos times de Barroso e região, que disputam a Copa, uma forma de retirar das mãos do poder público a organização de uma competição de futebol. No entendimento do Tabajara, o poder público não tem capacidade, qualidade e principalmente imparcialidade para gerir um campeonato na nossa cidade. O Tabajara ainda entende que combinações políticas futuras interferiram diretamente na decisão de retornar a partida e ceder uma nova oportunidade ao R45.
É preciso que o nosso futebol , tão forte e digno, se desvincule rapidamente das mãos de políticos. No nosso parecer, ao poder público cabe apenas ceder o espaço. Que as competições de futebol, tanto na quadra como no campo, sejam organizadas, por exemplo, pela Associação Barrosense de Esportes, ABES, entidade recém criada e apolítica.
No mais, nosso muito obrigado. Parabéns novamente ao R45, que através dos seus responsáveis acreditamos é contra a violência nos estádios. Parabéns ao árbitro da partida que teve uma atitude digna e correta e também se mostrou contra a violência. E nossa indignação profunda frente a uma direção tão incompetente como essa do Ceclans, que vem colecionando lambanças ao longo da sua administração e não pensa em coibir a violência nos estádios, uma luta diária que todos não medem esforços para combate-la e um repartição pública acaba de dar as costas.
Veja fotos da partida entre R45 e Tabajara:
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