Eu durmo! Todas as vezes quando coloco a cabeça sobre o travesseiro, eu deito e durmo. E durmo o chamado sono dos justos. O merecido sono dos justos, da justiça! Isso geralmente acontece quando os seres humanos cumprem suas palavras durante toda uma vida ou um dia e seguem à risca suas obrigações.
Dessa forma, eles descansam suas mentes produtivas e fortuitas pelas noites que hão de vir e renascem na esperança do despertar para serem, ao contrário de ontem, melhores hoje. Dormem tranquilamente, sem nenhuma dívida com a sociedade ou consigo mesmo e são merecedores, porque são fiéis, são verdadeiros e são complacentes com tudo e com todos.
Erros e deslizes não entram nessa conta. Ninguém vive sem tropeçar e trilhar um caminho obscuro, mesmo que por alguns segundos. Isso faz parte: você vai errar, como todos, mas se reconhecer e conhecer o perdão e parar de procurar o culpado, que no caso sempre foi você mesmo, irá dormir hoje e amanhã melhor.
O que não entra e não fecha a conta é quando você não está feliz consigo mesmo ou com algo que fez ou prometeu para alguém ou uma sociedade que em sua maioria acreditou e depositou toda sua confiança em você.
Quando você sabe que está errado, que abusou de uma ideia ou objetivo para ter algo em troca, e não quer, mesmo que disfarçadamente, reconhecer seu erro ousado, você não dorme e não adiantar revirar na cama. Você não dorme! Não dorme porque não foi justo e o sono é deles, dos justos! Só deles!
por Bruno Ferreira