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O último final de semana foi violento nas estradas mineiras. Somente na madrugada do último domingo (5), pelo menos 11 pessoas morreram nas rodovias de diferentes partes do estado. Entre as vítimas está o jovem Guilherme Trindade de Jesus, de 19 anos, do povoado da Pitangueiras, que fica a cerca de 10km do trevo de Barroso. De acordo com a Polícia Rodoviária, Poiô, como era conhecido, foi encontrado morto às 6h na BR265, altura do km236. Ele teria sido atropelado provavelmente por um caminhão que não prestou socorro.
Apesar da morte, Guilherme ainda não está dentro dos trágicos números divulgados, com exclusividade, ao jornal, pela Polícia Rodoviária (PR). Segundo balanço da 13ª Companhia da Polícia Militar de Meio Ambiente e Trânsito, desde 2006 até o último dia 21 de abril deste ano, foram três mil e 158 acidentes, com mil e 658 vítimas leves, 743 vítimas graves e 216 mortes. Uma média de 30 mortes por ano, de dois a três óbitos por mês. Os números negativos são de 19 cidades mineiras, sendo a grande maioria do Campo das Vertentes: Andrelândia (Sul/Sudeste), Arantina (Sul/Sudeste), Barbacena, Bar-roso, Bom Jardim de Minas (Sul/Sudeste), Conceição da Barra de Minas, Coronel Xavier Chaves, Dores de Campos, Lagoa Dourada, Madre de Deus de Minas, Nazareno, Prados, Resende Costa, Ritápolis, Santa Cruz de Minas, São João del Rei, São Tiago, São Vicente de Minas (Sul/Sudeste) e Tiradentes.
De acordo com o balanço, a maior causa de acidentes com vítimas fatais é a colisão entre veículos, seguida por abalroamento e capotamento que juntos são responsáveis por quase 70% das mortes. Dentre os números divulgados, atenção especial para o ano de 2012, quando houve recorde de acidentes na região: foram contabilizados 602, contra 440 registrados em 2011. Um aumento de 162 acidentes, equivalente a 27%. O número de mortes do ano passado também é o maior já registrado, com 40 vítimas fatais. Foram três mortes por mês, só na região barrosense.
BR265 ESTE ANO
No balanço feito pela PR sobre o número de acidentes nas estradas, só neste ano, até o dia 21 de abril, foram registrados 96 acidentes na BR-265, do km 198, da cidade de Barbacena, ao km 283, da cidade de São João del Rei. Foram 60 feridos e sete mortos, as causas presumidas dos acidentes com vítimas fatais foram velocidade incompatível, aquaplanagem ou ultrapassagem forçada.Dois dos óbitos aconteceram no trecho da cidade de Bar-roso. As vítimas, Cláudio de Sousa Teixeira, 33, e Danilo Ananias da Silva, 62, mor-reram no dia 1º de março, em mais um grave acidente na BR. Motorista e passageiro da Fiat Strada Branca, com placa de Belo Horizonte, colidiram contra uma car-          reta, de Arcos – MG. O acidente aconteceu na altura do km 224 da conhecida rodovia da morte.
Algumas das prováveis causas do alto número de acidentes no trecho são os poucos pontos de ultrapassagem, o grande tráfego de veículos pesados e o asfalto em boas condições que levam os motoristas a dirigir em alta velocidade e a forçarem uma ultrapassagem mesmo quando não há visibilidade da pista.
MINAS GERAIS
Segundo balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em março deste ano, as estradas mineiras estão entre as mais perigosas do Brasil. Para se ter uma ideia da gravidade da situação, em 2011 foram registrados sete mil e oito óbitos nas estradas federais de todo o Brasil, sendo mil e 22 destes nas estradas mineiras, quase 15% do total nacional.
Em levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Minas Gerais aparece como a maior malha rodoviária do país, com 35 mil quilômetros de rodovias, sendo cerca de 10 mil quilômetros de estradas federais, mas fica em 13º lugar no ranking de investimentos por quilômetro do Ministério dos Transportes. Em compensação, amarga o primeiro lugar em número de acidentes e vítimas fatais. Em 2012, segundo a PRF, nas estradas federais de Minas Gerais, foram registrados 26 mil e 755 acidentes, com 16 mil e 240 feridos e mil e 196 mortos.
Ainda de acordo com a pesquisa da CNT, Minas aparece com 7,6% de suas estradas em péssimas condições, acima da média da região Sudeste, que é 5,6%. O número de estradas consideradas ótimas é de apenas 5,1%, bem abaixo da média regional, que é de 20,9%. A BR-265, que passa por Barroso, aparece em 98º lugar no ranking de classificação da qualidade das estradas brasileiras num total de 109 rodovias avaliadas.
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