Mais uma vez, estamos às portas da realização do Exame Nacional do Ensino Médio. Sempre, nesses momentos, temos variados comentários que, não poucas vezes, acabam se repetindo, tais como: o exame é injusto, o sistema da prova não avalia direito, a prova é “assim, ou assada”, entre outros.
Acredito que a verdadeira e séria compreensão desse período conturbado deve levar em consideração um grande ensinamento deixado pelo cientista Charles Darwin, que desenvolveu a Teoria da Evolução das Espécies: quem vence não é o mais forte, mas, sim, o que melhor se adapta ao meio. Não adianta reclamar do sistema de avaliação do exame, da forma como são aplicadas as provas, os modelos de questões ou qualquer outra característica. É preciso aceitar que as regras do jogo já estão definidas, e que o momento para questioná-las definitivamente não é durante a aplicação da prova. Ficar indignado com as regras a que se deve submeter, por ocasião do concurso, serve muito mais como subterfúgio dos candidatos que não se prepararam devidamente para tanto, que para uma séria análise crítica da estrutura do mesmo.
O esporte predileto do brasileiro é reclamar: reclama da economia, reclama da falta de oportunidades, reclama da educação, saúde e tantas outras reclamações… E reclama do Exame Nacional do Ensino Médio também, é claro! O brasileiro deve aprender a transformar a sua indignação em formas de protestos e mudanças efetivas da realidade que se pretende transformar e não canalizar essa energia toda apenas em discursos vazios pautados, sobretudo, por críticas irrefletidas de cunho estritamente político ou predileção pessoal.
É chegada a hora! Não desejo boa sorte a nenhum dos candidatos porque Enem não é questão de sorte, mas sim de planejamento de estudos, de formação séria da instituição de ensino e de dedicação comprometida de cada um dos estudantes. Não tenham sorte! Tenham competência, senhores candidatos! E entendam, enfim, que todas as melhorias reivindicadas pela população passam, sobremaneira, pela formação que pretendem e que se inicia com o Enem. Por isso, tenham a devida consciência de suas responsabilidades: o estudo que não é sério e dedicado e a formação que não é bem feita, traz, inevitavelmente, prejuízos a toda sociedade.
Sejamos todos conscientes dos papeis que devemos desempenhar em nosso meio!
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