À “beira” das eleições presidenciais, a impressão é de os barrosenses não vão às urnas este ano. O assunto política, apesar de estampar estrategicamente a página interna deste jornal, com o intuito de informar a população sobre os deputados mais votados em Barroso, passa longe de ser o mais comentado no município, que por sinal cobre a capa desta edição, ou seja, a falta de água, queimadas e a sensação de insegurança. Em uma linguagem mais coloquial, poderíamos dizer que o buraco aqui é mais embaixo. Os barrosenses, assim como cidadãos de outras cidades brasileiras, tem enfrentado nos últimos dias uma luta, ou várias lutas, contra a falta de água, as queimadas e contra a violência estampada em praças públicas. Desde os atos impensados de atear fogo em pastos e terrenos, de pagar por uma água que não sai na sua torneira, até o absurdo e surreal episódio de uma pessoa atravessar uma pedra na cabeça de outro ser humano e tirá-lo a vida. Barroso, nos últimos dias, viveu momentos tensos e desagradáveis. Aliás, com relação à morte trágica e inexplicável, tem sido comum acordar aos sábados com notícias decorrentes de uma barbárie. Lamentável! Com as queimadas, têm sido corriqueiro. Com a falta de água, tem ar de absurdo, pois, além da falta de educação de algumas pessoas, que não sabem economizar um bem tão precioso, não chove a meses e a empresa responsável pouco fez ou faz para a população. Lamentável, de novo.
Enquanto isso, homens de gravata disputam nossos votos e suas preferências. Mas este ano eles estão perdendo para os problemas. Não tem sobrado tempo para os barrosenses decidirem seus votos. Os problemas estão vencendo os problemáticos, aliás, se comparado aos últimos anos eleitorais, este talvez tenha sido o mais tranquilo na cidade. Muitos nem se lembram do pleito que se aproxima. Bom ou ruim, vai da interpretação de cada um. O mais importante é não esquecer do poder em nossas mãos, ou seja, do voto, seja em A,B,C ou nulo, como forma de repúdio. Façam valer a força da democracia, seja ela defeituosa, amadora, infantil, errada, enfim, não deixe de votar, de manifestar o direito que conquistamos com muita luta.
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