O número 117 do Barroso EM DIA publicou matérias muito pertinentes, como a assinada pelo jornalista Bruno Ferreira, mais uma depois de outras muitas, sobre o ainda não resolvido caos do trânsito em nossa cidade. Entretanto, dois outros assuntos chamaram minha atenção e provocam o atual comentário. Na página 7, também do mesmo Bruno Ferreira, a boa notícia de que “ESCOLAS DE BARROSO SUPERAM EXPECTATIVA NO IDEB”, na qual, em destaque, se afirma: “É muito importante reconhecer e parabenizar os esforços dos profissionais de educação em Barroso”. Pelo conteúdo do artigo ficamos sabendo que, de um modo geral, tanto os estabelecimentos de ensino públicos municipais como os estaduais , na avaliação do Índice de Educação Básica – INEb, obtiveram notas melhores que em anos anteriores. A avaliação é feita a cada dois anos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEp), através do cálculo das taxas de aprovação, reprovação e abandono” dos alunos das redes públicas e privadas de ensino.
Indiscutivelmente esta é uma boa notícia. Mas, como ex-educador, tenho que fazer uma ressalva. A avaliação do êxito da educação tem que ser mais ampla do que apenas a apuração de taxas de aprovação, reprovação e abandono. Educação implica em muitos mais valores do que apenas notas de aproveitamento escolar e de assiduidade dos alunos. Educação requer, também, formação para o exercício da cidadania, desenvolvimento do espírito de patriotismo, qualidade no ambiente escolar do relacionamento respeitoso e cordial entre todos os membros da comunidade escolar.
Estas considerações me levam à matéria publicada na página 8, de autoria da estagiária Maria Cecília. Não se pode deixar de reparar o fato de que, do desfile comemorativo do Dia da Pátria, participaram, além de outras entidades, as escolas municipais e apenas uma Escola Estadual, a Santana. Será que só ela considera importante a educação para o civismo? Que razões terão tido as demais EE para justificar sua ausência? Se nossas escolas ministrarem apenas instrução mesmo que de qualidade aceitável, sem a educação para a cidadania, para o orgulho de ser brasileiro e para o respeito às leis e ao próximo, fica fácil responder a pergunta “QUEM AGE CERTO?”, do jornalista Bruno Ferreira, no trânsito e no dia a dia do comportamento de crianças, adolescentes, jovens e adultos em nossa cidade.
Colunista Paulo Terra
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