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A Comunidade Terapêutica Luz Divina, conhecida como Fazendinha, localizada na cidade de Conceição do Pará, no Centro-Oeste de Minas Gerais, há 255 quilômetros de Dores de Campos, foi matéria nos últimos dias dos jornais Super Notícia e O Tempo, ambos de Belo Horizonte. Há três meses, Rodrigo Inácio Fullin e Luis Carlos Ramos são os responsáveis pela comunidade que tem como objetivo realizar o tratamento dos dependentes de álcool e drogas. Hoje, a Fazendinha abriga 25 dorenses, entre 17 e 72 anos, dos 98 dependentes, de várias partes do país. A entidade, que está sob a responsabilidade dos amigos que também já enfrentaram problemas com drogas, não tem fins lucrativos, recebendo ajuda e doações realizadas pela população e pela família dos residentes.

 

DORES

Em Dores de Campos, Cleomar José dos Santos, Bill e Élcio Geraldo Rodrigues são os responsáveis por levar os dorenses para o local. “Ficamos sabendo da Fazendinha através do Bill que morava em Madre Deus de Minas”, diz Cleomar, que junto com seus amigos já estão de-senvolvendo este trabalho há 10 meses na cidade. Para ele no começo foi difícil convencer as pessoas. “Fomos nas casas dos dependentes químicos e explicamos como funcionava o local, sendo eles aos poucos convencidos de ir. Muitos no início ficaram com medo, mas depois que chegaram gostaram”, conta.

De acordo com o gerente administrativo da Comunidade Terapêutica, Rodrigo Inácio Fullin, os residentes exercem várias atividades. Participam de tarefas do dia a dia, como cozinhar e cuidar de hortas, e também possuem uma série de obrigações que ajudam na recuperação, como estudos bíblicos, laborterapia, artesanato, escrita, entre outras. “Todos os nove funcionários que ajudam nas atividades passaram pelo mesmo processo dos residentes”, afirma Rodrigo.

Durante os nove meses de tratamento, o contato com as pessoas de fora da comunidade é restrito, sendo que a família pode manter contato por intermédio dos coordenadores, cartas, além de poder visitar os residentes sempre no segundo domingo do mês. Em Dores de Campos, todo mês sai um ônibus da Prefeitura Municipal com os familiares para visitar os dorenses que estão em tratamento. A próxima visita está agendada para o dia 13 de abril. “Eu sinto falta do meu filho, mas procuro controlar porque fico tranquila de saber que ele está lá, pois ele tinha uma vida desregrada”, comenta Luciana Aparecida Sales, mãe de André Felipe Moura, 20, ex-usuário de cocaína. “A Fazendinha está mudando a vida dos jovens dorenses é uma benção na nossa vida e na vida deles”, conclui Luciana.

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RECUPERAÇÃO

“A Fazendinha foi o único lugar que achei para mudar”, declara Daniel José Rodrigues, filho de Élcio, um dos responsáveis, que voltou há 30 dias para Dores de Campos e já concluiu o ciclo de nove meses do tratamento. Daniel aproveita a oportunidade para falar que a comunidade mudou seu jeito. “Antes não conseguia conversar com o meu pai. Mudei meu modo de agir e o convívio com as pessoas. Foi muito boa esta experiência”, afirma o funcionário da empresa Marluvas. 

As pessoas que quiserem ajudar financeiramente podem fazer o depósito na conta-corrente de Rodrigo Inácio Fullin: Bradesco, agência: 3138-0, conta 14.201-8. Para saber mais sobre o trabalho da comunidade, basta procurar pelo grupo na mídia facebook. “Me sinto bem em saber que hoje são 24 pessoas a menos nas drogas e também 48 famílias que pararam de sofrer”, diz Cleomar, que aproveita para contar que muitas pessoas estão procurando a ele para serem internados, mas que por enquanto não há como levar, pois alguns não tem condições de pagar. Sendo assim, precisam de mais doações da comunidade para que todos tenham chance de ir. “A partir do mês de abril, iremos começar a pedir ajuda através de carnês”, finaliza Cleomar.

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