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É comum no Brasil escutarmos que as corujas são animais que trazem má sorte, bom, eu prefiro a ideia Grega de que são animais de sabedoria, símbolo da deusa Atena.

Obvio que essas aves não trazem má sorte a ninguém, e por serem predadoras de ratos, gafanhotos, pragas agrícolas e outros insetos são, na verdade úteis e trazem “sorte” para o produtor rural.

Sua visão é muito melhor que a nossa. A maioria das corujas são noturnas, e sua retina é rica em células que captam a intensidade da luz, os bastonetes. Portanto, em ambientes escuros o animal consegue enxergar muio bem.

Figura 02: Mocho-do-diabo Asio stygius
Figura 02:  Mocho-do-diabo Asio stygius

Mas é a audição que é espetacular nessas aves, que possuem penas em forma de disco ao redor dos ouvidos, lembrando uma antena parabólica, direcionando o som até a abertura dos ouvidos. Além disso, as aberturas estão posicionadas de forma assimétrica, o ouvido direito está dirigido para cima, enquanto que o esquerdo está dirigido para baixo. Essa assimetria fornece discriminação da elevação do som através das informações de intensidade, o que somado ao conjunto dos discos faciais, essa “cara redonda” (Figura 01), as corujas conseguem discriminar, com precisão, a localização de uma fonte sonora, permitindo a captura de presas no solo sem precisar da visão.

Figura 03: coruja-buraqueira Athene cunicularia
Figura 03: coruja-buraqueira Athene cunicularia

No Brasil ocorrem 22 espécies de duas famílias, Tytonidae (uma única espécie), conhecida como coruja-de-igreja ou coruja-branca (Figura 01), e as demais espécies reunidas na família Strigidae, como o mocho-do-diabo (Figura 02) e a coruja-buraqueira (Figura 03).

Infelizmente matamos esses animais por ignorância, diminuímos suas populações quando fazemos queimadas, derrubamos as florestas e as caçamos. Essas aves não trazem mal agouro, nós quem fazemos isso.

por Marcos Magalhães

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