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Congado SITECom a abolição da escravatura (1888), a população negra natural de Barroso diminuiu consideravelmente. Os registros de batismos da paróquia comprovam a dispersão dos ex-escravos. Quando Barroso se tornou cidade, o Congado já era uma manifestação cultural e religiosa enraizada na comunidade. Segundo Antônio Eugênio, por volta de 1920 chegaram em Barroso algumas famílias de Ibertioga como os Leopoldos, Silvinos e Pereiras.

Na época, as caieiras e olarias eram oportunidades de emprego e também havia no arraial uma igreja dedicada à Nossa Senhora do Rosário, padroeira dos negros. Isto contribuiu para o surgimento do Congado em Barroso. Através da fotografia, percebe-se que os membros da manifestação utilizavam, além dos instrumentos característicos, chapéus com fitas e sua indumentária ainda compunha-se de roupas brancas e avental. Em tempos em que as ruas não eram pavimentadas, os negros dançavam descalços. A festa de Nossa Senhora do Rosário era parte integrante das festividades tradicionais.

Em 1º de janeiro de 1940, foi inaugurado um cruzeiro em um ponto alto da cidade. O cortejo partiu da igreja do Rosário e ao Congado juntou-se o Moçambique. A Festa do Rosário desapareceu do calendário festivo assim como a antiga capela, construída pelos escravos, sobreviveu apenas a fé do congadeiro e sua cantiga de devoção.

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