A temperatura está caindo na região e o frio tem sido acompanhado por uma boa dose de solidariedade. Recentemente foi criado em Juiz de Fora, no bairro Teixeiras, o varal solidário. Essa é uma iniciativa da sociedade, nesse exemplo liderada pelo jovem Marcelio Guilherme, que tem por objetivo disponibilizar, em praça pública, agasalhos, calçados e cobertores para as pessoas que menos tem e que mais precisam.
À primeira vista parece uma iniciativa simples, mas ela revela o que temos de melhor em termos de criatividade, mobilização e impacto social.
É verdade que a doação de roupas não é nenhuma novidade. O que o varal trás de novo é a possibilidade oferecida a quem recebe a doação de “escolher”, escolher o melhor tamanho e escolher as cores, tecidos e cortes que mais lhes agradem. Parece pouco, mas isso otimiza o uso das roupas, poupa o meio ambiente e, mais importante, assegura dignidade a quem recebe.
Outro aspecto interessante da iniciativa é o uso de um espaço público. Ao transformar uma praça em uma “loja de roupas”, os participantes proporcionam um novo olhar sobre recursos disponíveis. Isso é o que os estudiosos da inovação social chamam de desenvolvimento comunitário baseado em recursos. Há duas formas de observarmos o espaço onde vivemos. Algumas pessoas enxergam um lote baldio, por exemplo, como um espaço para o descarte de lixo, outras enxergam ali uma horta comunitária em potencial.
O varal solidário de Juiz de Fora serve de exemplo para as outras cidades da nossa região e nos convida a pensar sobre soluções diferentes para os nossos problemas comuns. E você, o que pode fazer hoje para melhorar a cidade onde vive? Qual a sua ideia inovadora? Escreva para: antonioclaret.com.
por Antônio Claret
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