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Barroso não tem mais vacinas contra febre aftosa, obrigatória para bovinos (bois, vacas) e bubalinos (búfalos). Foram vendidas cerca de 10 mil doses, número recorde na cidade. Agora, os proprietários de rebanhos que ainda não imunizaram seus animais terão que comprar a vacina fora, nas cidades de Barbacena ou São João del Rei.

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Febre Aftosa começou no dia 1º de maio e vai até sábado (31). Depois da vacinação, o proprietário precisa declarar que seu rebanho foi imunizado, junto a unidade do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) que atende sua cidade. No caso de Barroso, é o Escritório Seccional Barbacena, na Avenida Bias Fortes, 56 , telefone: (32) 3331-8906.

Segundo o IMA, em Minas Gerais, a expectativa é que nas 353 mil propriedades pecuárias distribuídas nos 853 municípios mineiros, sejam imunizados em torno de 24,15 milhões de bovinos e bubalinos de todas as idades. A meta é alcançar o 100% de vacinação nos rebanhos.

 

FEBRE AFTOSA

A Febre Aftosa é uma doença infecciosa aguda que causa febre, seguida pelo aparecimento de aftas (vesículas) – principalmente na boca e nos pés dos animais de cascos fendidos: bovinos (bois, vacas), bubalinos (búfalos), caprinos (cabras, cabritos e bodes) ovinos (ovelhas) e suínos (porcos).

Sinais

Bovinos – febre, inquietação, salivação, babeira, dificuldade de mastigar e engolir alimentos, tremores, queda na produção de leite, dor nas tetas ao ordenhar ou amamentar, manqueira e ferimentos nos pés. O animal não ingere alimentos e água, fica isolado, estala os lábios com movimentos estranhos da mandíbula e saliva muito ao redor dos lábios. O emagrecimento é evidente devido à febre e à dificuldade de alimentar, beber e locomover.

Ovinos e carpinos – Febre, manqueira, tendência a deitar e não levantar e mortalidade nos animais jovens. Sinais clínicos na boca são menos frequentes. 

Suínos – Febre, inquietação, dificuldade de mastigar e engolir alimentos. Sinais clínicos na boca são menos visíveis, mas podem ocorrer vesículas no focinho e na língua.   

Transmissão  

O vírus está presente em grande quantidade no fluído das aftas e também na saliva, no leite e nas fezes dos animais afetados. A contaminação de objetos por qualquer uma dessas fontes torna-se perigosa para transmissão da doença de um rebanho para outro. No pico da doença o vírus está presente no sangue. A transmissão via aérea pode ocorrer e sob condições climáticas favoráveis, a doença pode se espalhar por consideráveis distâncias. 

Os animais contraem o vírus por contato direto com outros animais infectados ou por contato com alimentos, objetos e outros contaminados. 

A doença é transmitida pela movimentação de animais, pessoas, veículos e outros que tenham sido contaminados pelo vírus. Caminhões, carretas, recintos de leilões, feiras, currais de embarque nos quais tenham circulado animais infectados são perigosas fontes de contaminação, caso não sejam corretamente desinfetados. Estradas podem ser contaminadas e o vírus pode ser carreado nos pneus de veículos. Os calçados, roupas, mãos das pessoas que lidaram com animais doentes podem transmitir o vírus.

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