A morte de uma mulher na cidade vizinha de Dores de Campos, na madrugada desta sexta-feira – 2 de junho – chama atenção para o número de ocorrências relacionadas a violência contra a mulher no município dorense.
Em um rápido levantamento realizado pela reportagem do barrosoemdia é possível perceber que o crime esta cada vez mais comum na cidade vizinha. Até o momento, ou seja, em apenas cinco meses do ano de 2023, foram cinco registros de crime contra a mulher.
Entre os crimes está o de um homem de 27 anos de idade, que não aceitou o fim do relacionamento e ameaçou matar a sua ex-mulher. Ele foi preso em flagrante e encaminhado a Delegacia de Plantão em São João del-Rei. Em uma outra ocorrência, uma mulher acionou a Polícia Militar dizendo que apanhou do marido. E mais, em um dos registros uma mulher acionou a Polícia Militar contra o seu próprio pai, que tentou espancá-la. Por fim, o primeiro registro do ano foi de um homem de 20 anos que espancou e deu duas facadas na sua mulher de 18 anos na noite desta quarta-feira. Segundo informações da PM, o homem descobriu que a sua mulher estaria lhe traindo.
O Monitor da Violência traz, mais uma vez, os dados sobre violência de gênero no Brasil, mostrando que os casos de feminicídio e de homicídio de mulheres continuam aumentando na maior parte dos estados brasileiros. Olhando para a série histórica, desde a promulgação da Lei nº 13.104/15, que qualifica como feminicídio o homicídio de mulheres devido a sua condição de gênero, os registros aumentam ano a ano, indo na contramão da tendência de queda dos homicídios em geral.
Entre 2021 e 2022, houve um aumento de 5,5% nos casos de feminicídio no país. Estados populosos indicaram aumentos significativos e bem acima da média nacional, como São Paulo (43,4%), Rio de Janeiro (25,40%), Bahia (15,1%) e Minas Gerais (9,7%).