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Diariamente, são registrados acidentes gravíssimos, muitas vezes com mortes, fazendo o Brasil encabeçar o ranking dos países que matam mais pessoas no trânsito do que outros que estão em guerra.

De acordo com Rodolfo Rizzotto, coordenador do SOS Estradas, a obrigatoriedade do exame toxicológico, a partir de 2016, fez com que o número de usuários de drogas ao volante caísse. Contudo, a entidade constatou, também, que houve redução na renovação das carteiras de habilitação (CNH), indicando que muitos motoristas trabalham em situação irregular.

Rodolfo Rizzotto revela que conviveu por muitos anos com motoristas de caminhão e ônibus, por isso tem conhecimento de que o uso de drogas ao volante é um problema sério no Brasil. A entidade que ele representa fez estudos sobre o uso de drogas nas estradas, constatando a gravidade do problema.

Para Rodolfo, o uso de drogas ao volante está diretamente relacionado à rotina dos profissionais do transporte de carga e passageiros do país. Ele relembra que o caminhoneiro passa mais tempo dentro da cabine de seu caminhão do que em casa com a família. “São profissionais que são diariamente pressionados a fazerem entregas das cargas o mais rápido possível. Por isso, acabam usando drogas para sobreviver, para suportar a jornada”, afirma.

E, de acordo com ele, o problema não está restrito somente a caminhoneiros, mas também aos profissionais que trabalham no transporte de passageiros. “O revezamento na direção por dois motoristas no ônibus não é solução nas viagens longas. Eles não têm como descansar, pois não há cama dentro do ônibus”, afirma o coordenador do SOS Estradas.

Uma medida importante adotada para tentar reduzir o problema das drogas ao volante foi a obrigatoriedade do exame toxicológico a partir de março de 2016. Mas com a pandemia da COVID-19, a exigência do exame foi suspensa e voltou a ser obrigatória em janeiro deste ano. Estudos mostraram que entre 2015 e 2019 houve uma queda de cerca de 60% no uso de drogas detectado entre motoristas.

Via Portal Uai

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