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O plano de execução de três ataques a escolas foi frustrado, na manhã da última quinta-feira (2), graças ao trabalho conjunto entre as polícias civis do Espírito Santo, Minas Gerais e Pará com apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública. As investigações se baseiam em informações da Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI) e do Serviço Secreto, ambos da Embaixada dos Estados Unidos, em Brasília,  como parte de cooperação policial entre autoridades norte-americanas e brasileiras.

O trabalho que culminou na operação desta quinta-feira é coordenado pela Secretaria de Operações Integradas (Seopi), por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas. Por meio de nota, o ministério informou que a operação batizada de Escola Segura cumpriu três mandados de busca e apreensão. “Os suspeitos confessaram a intenção de cometer os crimes”, diz o texto.

Segundo as investigações, dois adolescentes planejavam atacar escolas, uma no Espírito Santo e outra em Minas Gerais. No Pará, uma mulher pretendia invadir uma unidade de ensino e um espaço público. Após serem ouvidos pelas polícias, eles foram liberados.

A motivação, os diálogos e a pesquisa para os massacres

Um menino de 13 anos, morador da cidade capixaba de Cariacica, estaria irritado por ter tirado notas baixas na escola e, por isso, decidiu planejar um ataque a instituições de ensino. Para isso, ele procurou nas redes sociais outras pessoas que tivessem o mesmo pensamento dele e encontrou outro garoto, de 15 anos, morador da pequena Conceição da Aparecida, no Sul de Minas.

Os dois adolescentes foram alvos de mandado de busca e apreensão da operação Escola Segura, deflagrada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com o apoio das Polícias Civis de Minas Gerais, Pará e Espírito Santo.

As mensagens trocadas pela dupla foram interceptadas pelo Serviço Secreto da Embaixada dos Estados Unidos, em Brasília, no Distrito Federal, a Homeland Security Investigations (HSI).

O delegado Roberto Pontes, da cidade de Carmo do Rio Claro, no Sul de Minas, ficou a cargo das investigações no Estado. Ele não deu muitos detalhes para não causar pânico, mas afirma que as mensagens entre os adolescentes indicavam a possibilidade de ocorrência de um massacre escolar.

“Eles estavam mantendo, por uma rede social, conversas manifestando a intenção de cometer atos graves de violência, dentre os quais o massacre escolar. Com essas informações começamos os trabalhos de investigação”, explicou o delegado.

As mensagens não indicavam quais escolas seriam atacadas, segundo Pontes. “Eles não chegaram a mencionar a escola que eles pretendiam ou não fazer o ato. Por parte do adolescente daqui, eram mais mensagens com esse tipo de conteúdo, um conteúdo ofensivo”, explicou.

Na casa do garoto mineiro, a polícia apreendeu um computador e um celular que vão passar por perícia. A Polícia Civil informou que o caso será repassado para o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que deverá tomar as providências cabíveis.

O delegado capixaba Brenno Andrade contou que o suspeito do Espírito Santo começou a navegar na internet e a pesquisar sobre outros atentados que aconteceram em escolas. “Ele pesquisou sobre o rapaz de Realengo, no Rio de Janeiro, e de Suzano, em São Paulo”, relatou o policial. A investigação também apurou que ele enaltecia outros criminosos que morreram em atentados a escolas no Brasil.

Além disso, o adolescente buscava na internet pessoas que tinham o mesmo interesse que ele de praticar atos violentos. “Ele entrava em contato com esses indivíduos para iniciar um diálogo”, completou Andrade.

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