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Houve época em que os Norte Americanos matavam Presidentes. Em pouco mais de 100 anos, entre os séculos XIX e XX, nada menos que quatro Presidentes americanos foram assassinados enquanto estavam em pleno exercício de seus mandatos. No Brasil, o grande perigo para os nossos Chefes do Poder Executivos são outros: os processos e a prisão. Nossa redemocratização é ainda Jovem. As primeiras eleições após a Ditadura Militar ocorreram em 1989. Desde então, tivemos sete Presidentes, sendo cinco eleitos (Collor, Fernando Henrique, Lula, Dilma e Bolsonaro) e dois vices que assumiram o mandato com os impedimentos dos eleitos (Itamar Franco e Michel Temer). Dos cinco eleitos, dois sofreram processos de Impeachment (Collor e Dilma), tendo perdido seus mandatos. Apenas dois dos Presidentes não sofreram prisão ou, por algum motivo, não perderam direitos políticos ou mesmo a Liberdade, que foram FHC e Itamar. Pior, dois dos Presidentes foram presos, Lula e Temer. E o último a deixar o cargo, Jair Bolsonaro, sofre vários processos, tendo tido seus direitos políticos suspensos por oito anos. Além disso, é investigado em outros casos, inclusive criminais, como é o “caso das jóias”, o que pode trazer consequências ainda mais graves ao nosso ex-governante.

As situações apresentadas trazem uma necessária reflexão a todos nós: será que somos nós, eleitores, que não estamos sabendo eleger o Presidente de nossa Nação, ou há um excesso de rigor com os nossos governantes? De fato, a situação é tormentosa e merece uma séria reflexão. Por que será que os ocupantes do cargo mais importante do país, após a eleição, acabam por se envolver em tantas situações que levam a serem processados, à perda de seus direitos políticos, à cassação e até a prisão? Será que quando chegam ao poder se corrompem de tal forma que não são os mesmos homens e mulheres por nós escolhidos? Ou será que, de fato, são os mesmo, e nós, povo, é que não sabemos escolher?

Caro leitor, as indagações são de difícil resposta. E, certamente, encontram soluções diferentes se analisado cada um dos presidentes acima citados. E, não há dúvida, algo precisa ser feito. Nós, os eleitores, somos tomados por promessas e projetos que, no fim das contas, não são cumpridos. Cabe a nós, de alguma maneira, evitar que pessoas sem o mínimo galardão para nos governarem cheguem ao Poder. Não podemos deixar que o casuísmo nos faça eleger pessoas que, durante ou depois do mandado, sejam taxadas de criminosos, ladrões, corruptos ou coisa que o valha.

Mas por que essa questão agora, ainda no ano de 2023, tão longe das próximas eleições presidenciais, que só ocorrerão em 2026? Entendemos que tal análise não pode ser deixada apenas para o ano da eleição. Não basta votarmos nos candidatos apresentados. Temos que ajudar na escolha de tais candidatos. As pesquisas de intenção de voto, que logo baterão em nossa porta, e, principalmente, as redes sociais, acabam fazendo com que pessoas se tornem tão conhecidas e se apresentem como candidatos, e mesmo sem qualquer condição ética, funcional ou intelectual, acabam transformando-se em nossos representantes. Basta ver as “celebridades” que acabam se elegendo apenas pelo fato de serem conhecidas. Assim, convido a todos a participarem mais ativamente do processo político, não só com o voto no dia das eleições, mas, também, na escolha dos próprios candidatos, pois escolher entre o “pior” e o “menos pior”, não é agradável. O processo político interfere muito em nossas vidas. Não podemos deixar que outros façam as escolhas por nós. Façamos valer nossa voz.

por Gian Brandão

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