O mês de julho em nossa querida barroso sempre foi um mês festivo. Não temos um feriado de aniversário da cidade. Então, sempre temos na Festa de nossa padroeira, Senhora Santana, a data festiva de nossa terra. Muitos que estão fora fazem questão de aqui estar no dia 26 de julho para encontrar com os seus. E os que aqui residem, aqui ficam para o encontro. A Festa de Santana, a mais tradicional de todas do município, nos alegra não só com a parte religiosa, mas, também, com suas barraquinhas e leilões, não sendo uma festa somente católica, mas de toda a comunidade barrosense
O tradicional torneio de Inverno de Futsal se foi, mas deu lugar ao encontro de Jeepeiros, Motociclistas, Bandas, Carros Antigos e Orquídeas. Além desses, o Festival da Canção de Barroso também se fez presente este ano, fazendo alegria daqueles que o acompanharam. É de se notar que o mês de julho de 2022 foi um verdadeiro sucesso. A organização do Encontro de Jeepeiros e Motociclista foi exemplar. Festas harmoniosas e familiares, com participação da comunidade. A se destacar a grande diversidade de “público” no evento, inclusive no que tange aos ritmos musicais para animar a festa, demonstrando que há espaços para todos. O rock imperou no encontro de motociclistas, enquanto no de trilheiros, o Sertanejo foi o mais tocado. Nada melhor do que agradar a “gregos e troianos”. Os demais encontros de criadores de Orquídeas, Bandas e Carros antigos, menores que os outros citados, mas não menos importantes, também tiveram destaque, não havendo quem não notasse a beleza das flores cultivadas em nosso município.
Gostaria, contudo, de pontuar algumas situações que merecem análise para os próximos. A Festa de Santana, depois de dois anos inativa, voltou com “pouco” entusiasmo. O leilão não é mais o mesmo. Poucas prendas e pouca participação. As barracas minguaram e número de presentes também. Não consigo entender a determinação para que não seja vendida bebida alcoólica nas barracas da festa. É uma tremenda hipocrisia, já que os bares ao redor da praça (e logo atrás do palco) as vendem. Prejuízo para paróquia, mas maior prejuízo para as famílias, católicas ou não, que tinham o bar do Asilo (agora não mais…) como ponto de encontro, onde entre uma e outra cerveja, confraternizavam-se. Para o próximo ano, acredito que deve ser repensada essa situação. Os organizadores da Festa precisam renovar os doadores de prendas e buscar mais doações para o leilão, local de encontro de amigos e onde as pessoas se divertem, e ainda ajudam a Paróquia e suas obras. O leilão é muito mais do que um local de venda de prendas: é uma tradição de décadas que não pode se acabar.
O Festival da Canção merece ser repensado. Sinceramente, nunca presenciei um nível tão ruim de músicas. A participação popular, infelizmente, foi pequena. Não sei se é um evento de porte tão grande para ser realizado como foi. Talvez voltar às raízes, realizando-se no Teatro Municipal ou na Praça Salvador da Silva seja melhor. Quem sabe, ainda, utilizar o palco da festa de Santana como local do Festival? Acho que faria com que os músicos se sentissem mais acolhidos, já que o minguado público que, de fato, acompanhou a execução das músicas, não faz valer a tradição do festival. Por fim, aceitar músicas com letras em inglês num festival de música popular brasileira é algo que precisa ser revisto. E este colunista é amante do festival, não só como espectador, mas, também, como participante… Quanto aos eventos ocorridos na Avenida e no parque de exposições, acredito que uma barraca com comidas típicas deve ser pensada. Não havia o que comer, a não ser lanches. Por que não o nosso tradicional Chico Paio? Ou um Mexidão no fim da noite? São críticas pontuais. O Festival, de fato, foi um sucesso. Parabéns aos organizadores e a todos os envolvidos. Tomara que seja realizado todos os anos. A comunidade Barrosense sempre gostou de festas de ruas, as quais, bem organizadas, contribuem em muito para a vida de nossa comunidade.
E que o ano que vem, quem sabe, possamos ter algumas oficinas de música, teatro, dança, artesanato e tantas outras possíveis, para que crianças e jovens possam aproveitar ainda mais tempo tão importante em nossa cidade.
E que venha a Exposição Agropecuária, o Réveillon e o Carnaval…
Afinal, a Pandemia foi cruel e precisamos recuperar o contato pessoal perdido.
por Gian Brandão