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As eleições estão aí. No próximo domingo, novamente, iremos escolher Presidente, Governadores, Deputados e Senadores. Nos últimos meses, candidatos tentaram, de todas as formas, nos convencer que são a melhor escolha. Será que estamos prontos pra decidir? A Eleição popular, com voto universal e secreto, é o momento alto de qualquer democracia. O poder dado a cada um de nós para escolher nossos representantes é, sem dúvida, o maior que cada cidadão tem em uma democracia. Neste domingo, todos seremos iguais (que pena que não é assim todos os dias…). O voto do pobre e do rico, homem e mulher, jovem e idoso, crente ou ateu… Todos os votos têm exatamente o mesmo peso. É uma festa popular que, no final, apresentará os nossos futuros representantes. E não haverá vencedores nem perdedores, até porque as candidaturas se apresentam em prol do povo e do país. Quem ganha é o Brasil, seu povo, sendo os eleitos apenas nossos representantes nesta alegria.

Pelo menos, era assim que deveria ser… Desde os Gregos, a Democracia, de fato, nunca foi tão democrática assim. Os eleitos julgam-se vencedores e “donos” do poder. Muitas vezes, o povo é relegado ao descaso, enquanto os interesses pessoais dos eleitos é o que conta. Mas será que isso não é nossa culpa? Já tive oportunidade de falar nesse coluna sobre a eleição de deputados. E, mais uma vez, o que vemos é uma avalanche de candidatos que caem de “paraquedas” em nossas cidades pedindo votos sem dizer porquê. Os que já estão no poder, dizem que fizeram muito pelo município e pelo povo, através de “doações” (emendas parlamentares, na verdade), mas nada falam sobre como votaram e o que pensam na defesa de nossos interesses. Muitos de nós acabam votando naqueles que são indicados por políticos locais. Será que há algum interesse nisso? Pensem leitores. Analisem como pensam os candidatos, como votaram em projetos importantes para nossa vida. Não nos deixemos iludir por promessas vazias e apoio de pessoas que, muitas vezes, apenas querem o bem próprio, e não o social. O mesmo se diga aos candidatos ao Senado. Em nosso Estado, os três principais candidatos se autodeclaram como candidatos do Lula, do Bolsonaro e do Zema. Ou seja, eles que estarão no Senado Federal para defender os interesses do Estado de Minas Gerais e seu povo, na verdade, já parecem estar muito mais vinculados com o Poder do que preocupados com o povo. Sobre projetos, muito pouco falam. Preferem estar “colados” com os candidatos majoritários, o que, deveras, é preocupante na Separação de Poderes. A eleição para o Governo mineiro está polarizada entre dois candidatos. Com visões diametralmente opostas, apostam em indecisos. As eleições em Minas Gerais sempre trazem surpresas, com mudanças de última hora. Não é o que parece que vai acorrer desta vez. Mas, sinceramente, não dá pra cravar nada até o fechamento da última sessão de votação. Destaque para o fato de que os candidatos, em suas entrevistas e debates, têm discutido ideias e situações importantes para o Estado (Mineração, meio-ambiente, privatizações e educação). Tomara que, de fato, o eleito tenha comprometimento com o bem comum. Por fim, a eleição para o cargo máximo da nação, o de Presidente da República, é a mais pavorosa. Nunca se viu tão pouco debate de ideias e projetos. Discute-se, única e exclusivamente, homens. Pior, através de mentiras e ataques desmedidos. Nada se discute sobre o futuro do Brasil. De um lado, fala-se em armar o Brasil e em um sistema de votação inseguro, sem que se apresente nada que o comprove. Do outro, colocar “picanha e cervejinha” no churrasco do pobre é uma meta. De fato, estamos em uma situação difícil.

Prezados eleitores, não podemos escolher o menos pior. Temos que tentar dar um rumo para nosso país através de nossos representantes. Não nos deixemos enganar. E nãos sejamos radicais. Independentemente de quem serão nossos representantes, estaremos aqui, com a graça de Deus, no próximo ano. E os eleitos, tenhamos nós neles votado ou não, serão nossos representantes. Então, pensemos bem em nosso voto. Não deixemos que outros escolham por nós. O que precisamos é de pessoas sérias e que buscam o bem comum. E lembrem-se, quem prega o mal, somente fará o mal. Que a festa popular aconteça. Que o resultado das eleições seja respeitado, qual seja ele. Até porque a vontade da maioria é a vontade de todos. Então, se o candidato que recebeu o seu voto não foi o eleito, não se veja como perdedor: você apenas fez parte do processo de eleição por maioria, e ele será seu representante da mesma forma.

E como bem cantou Chico Cesar: “Deus me defenda da maldade de gente boa; da bondade da pessoa ruim…” Que os eleitos sejam bons e façam o bem para todos. É isso o que se espera. E viva a Democracia. E que viva por muitos anos…

por Gian Brandão

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