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No dia 03 de abril de 1973, aconteceu a primeira chamada feita de um telefone móvel pelo engenheiro da Motorola Martin Cooper, conhecido como o pai do telefone celular. Na mesma data, 50 anos atrás, Cooper, que atualmente tem 94 anos, também apresentava o primeiro celular do planeta: o DynaTAC 8000x, no qual a ligação foi realizada.

O protótipo usado na ligação foi um sucesso e motivou a fabricante norte-americana a investir uma quantia de R$100 milhões no projeto, que chegou às lojas em 1983. O DynaTAC 8000x pesava 1,1 kg e media 33cm de altura, um verdadeiro “tijolão”.

Comparado aos dias de hoje, o celular se tornou praticamente uma extensão do corpo, sendo imprescindível para a realização de algumas atividades.

Com o longo tempo de uso do aparelho, muitas pessoas podem se sentir vazias ou incompletas quando não estão conectadas ao dispositivo. A angústia e a ansiedade atreladas à falta do uso do aparelho podem ser sinais de nomofobia, uma abreviação para o termo ‘no-mobile phobia’, que significa “medo de estar sem o celular”. A nomofobia é considerada um transtorno de ansiedade, apresentando os mesmos sintomas fisiológicos e psicológicos, e tem afetado tanto adultos quanto crianças.

“O uso prolongado do celular exerce um efeito agravante no cérebro, roubando a atenção, enfraquecendo a memória e diminuindo a produtividade”, explica a neuropsicóloga e terapeuta cognitivo-comportamental, Sheila Soares Pires. O tempo de uso do aparelho pode ser dividido em utilização da internet, jogos e acesso à plataforma de vídeo, como o Youtube, por exemplo. O celular é utilizado por muitos jovens para majoritariamente acessar as redes sociais, como o Instagram, o WhatsApp, o Twitter e também o TikTok, deixando de lado a sua função original – a de ligar para alguém.

No TikTok ou Reels o usuário acaba passando parte do seu tempo livre vendo vídeos curtos e também participando de trends (conteúdos populares em determinado momento). “O indivíduo começa a ficar muito preocupado com a quantidade de likes e compartilhamentos que as suas publicações alcançam, passa a se isolar socialmente”, analisa Sheila. Além disso, conforme a neuropsicóloga, é válido estabelecer que a nomofobia não está associada apenas ao uso excessivo do celular, mas também considera o que esse uso vem provocando no usuário – quando ele passa a se sentir mais feliz no mundo virtual do que o real.

O uso excessivo do celular, conforme a especialista, pode ter várias implicações na vida do usuário que está frequentemente exposto ao excesso de informações, fotos e vídeos de realidades diferentes da sua. Algumas consequências, conforme cita a terapeuta, incluem baixa autoestima, problemas nos relacionamentos sociais, dificuldade para executar tarefas cotidianas, vícios em “sistemas de recompensa”, por conta da liberação de dopamina, e, em casos mais extremos, levar à depressão.

Com informações g1 e Tribuna de Minas

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